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Empregada doméstica, que trabalhava em condições análogas à escravidão, é resgatada em operação do MPT

A mulher começou a trabalhar para a família ainda na adolescência, não recebia salário regular e tinha uma jornada de trabalho de segunda à segunda

Polícia Federal (Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil)

247 - Uma mulher foi resgatada de condições análogas à escravidão em São José do Rio Preto em operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Polícia Federal (PF) realizada na última sexta-feira (18). A empregada doméstica trabalhava há pelo menos duas décadas sem registro e remuneração em um condomínio fechado.

De acordo com a PF, a mulher começou a trabalhar para a família ainda na adolescência, não recebia salário regular e tinha uma jornada de trabalho de segunda à segunda. Ela ainda era levada em viagens com os patrões, ocasiões em que era obrigada a trabalhar sem nenhuma contrapartida.

O caso foi descoberto em abril deste ano, após denúncia à Polícia Militar. Depois da notificação, o casal e a vítima foram até a delegacia. Na ocasião, a empregada contou que não tinha registro, acesso aos seus documentos pessoais ou convívio social há pelo menos 20 anos. Durante a operação, um dos patrões foi preso.

Os patrões, que não tiveram nomes revelados, afirmaram que faziam os pagamentos pelo trabalho direto para a mãe da funcionária, mas após a ação da PM, eles chegaram a fazer o registro formal da funcionária.

A vítima contou aos policiais que passou a ser alvo de ameaças constantes, após ação da polícia. O MPT determinou que a funcionária vai receber as verbas indenizatórias de demissão, incluindo 13º e férias, além de FGTS e multa e seguro-desemprego.