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Empresa chinesa de energia pode ser parceira de Minas

Em seu primeiro dia de compromissos em Pequim, o governador Antônio Anastasia se reuniu com o vice-presidente da State Grid, Du Zhigang; os executivos da instituição apresentaram à comitiva mineira projetos de investimentos, buscando o equilíbrio entre geração e distribuição de energia; a State Grid tem US$ 410 bi em ativos e sua receita é de US$ 330 bi; somente na China, a empresa tem 5.336 subestações e 764 mil km de linhas de transmissão    

Em seu primeiro dia de compromissos em Pequim, o governador Antônio Anastasia se reuniu com o vice-presidente da State Grid, Du Zhigang; os executivos da instituição apresentaram à comitiva mineira projetos de investimentos, buscando o equilíbrio entre geração e distribuição de energia; a State Grid tem US$ 410 bi em ativos e sua receita é de US$ 330 bi; somente na China, a empresa tem 5.336 subestações e 764 mil km de linhas de transmissão     (Foto: Leonardo Lucena)
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Agência Minas - O governador Antonio Anastasia visitou nesta segunda-feira (10), primeiro dia de compromissos em Pequim, capital da China, a State Grid Corporation of China (SGCC), instituição chinesa de geração e transmissão de energia elétrica, considerada a maior empresa de serviços públicos do mundo. Além de energia elétrica, a State Grid também investe em energia térmica, nuclear, eólica, solar e exploração de gás. A empresa está presente em dezenas de países e também no Brasil, ao assumir, recentemente, uma das linhas de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Para o governador Anastasia, que se reuniu com o vice-presidente da State Grid, Du Zhigang, essa poderá ser uma importante parceira de Minas Gerais. O Estado irá apresentar uma boa cadeia mineira de fornecedores para a atuação da empresa na área energética, além da possível parceria na exploração de gás. "A State Grid é uma presença que vai se tornar, a meu juízo, mais constante no Brasil e na América Latina nos próximos anos. Falamos com muita ênfase, durante a reunião, da possibilidade de que haja uma cadeia de fornecedores em Minas para a State Grid. Minas Gerais, por tradição e pela presença da Cemig, tem um grande número de empresas altamente qualificadas para o fornecimento de material elétrico para aquelas que atuam no setor, além das melhores universidades federais e estaduais nessa área. Desse modo, as empresas brasileiras e mineiras podem ser fornecedoras dos materiais necessários para que a State Grid instale as linhas de transmissão, seus equipamentos e suas operações no Brasil. O grande objetivo, portanto, é aproximar as empresas fornecedoras mineiras da State Grid", disse.

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Minas Gerais, explicou o governador, tem potencial para desenvolver, cada vez mais, a geração de energia solar e eólica. A Cemig já preparou um completo mapa eólico e solar do Estado, foco dos principais investimentos da State Grid. Ao apresentar Minas para os executivos da empresa, Anastasia lembrou que, no Brasil, a demanda por energia tende a aumentar nos próximos anos, com impacto positivo na transmissão e em geração.

Antonio Anastasia destacou a possibilidade de parceria com a State Grid na exploração do gás. "O gás do São Francisco, cada dia mais, é uma realidade que se torna próxima. Estamos na fase do projeto executivo do gasoduto entre Betim e Uberaba, que passará ao largo da bacia de gás do São Francisco. Esse gás poderá ser transformado para uso em usina térmica, como também para uso industrial. Vamos precisar de parceiros para essa iniciativa e a State Grid é uma potência nessa área, por isso vamos conversar", ressaltou.

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Para o vice-presidente da State Grid, Du Zhigang, a instituição tem total interesse na cooperação com Minas Gerais e com a Cemig. "Já temos U$ 3,3 bilhões aplicados no Brasil, sobretudo no Sudeste. O contrato de Belo Monte será assinado no fim deste mês. Nosso desenvolvimento no Brasil é de longo prazo. Já adquirimos um prédio no Rio de Janeiro de sete andares e temos mais projetos. Estamos prontos para realizar parcerias com outras empresas para construção de linhas de transmissão de energia", explicou.

Principais projetos

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A comitiva também conheceu a sala de controle de situações da empresa, que é capaz de identificar problemas e instabilidade na rede de forma rápida e eficiente.

A State Grid tem US$ 410 bilhões em ativos e sua receita é de US$ 330 bilhões. Nos últimos dez anos, os investimentos da empresa foram de US$ 380 bilhões, sendo o investimento anual médio de US$ 50 bilhões. A instituição foi fundada em 2002, pelo Conselho de Estado Chinês, como uma empresa estatal piloto. Está presente em 88% do território nacional, atendendo uma população 1,1 bilhão de habitantes. Mantém, ainda, negócios em 26 províncias chinesas. Somente na China, a empresa tem 5.336 subestações e 764 mil quilômetros de linhas de transmissão.

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"Desde 1997, não ocorre um apagão aqui na China, um dado que nos mostraram com muito orgulho. No Brasil, infelizmente, estamos passando por uma grave crise energética, de apagões, de falta de credibilidade no sistema, dos reservatórios vazios em razão da seca, além de problemas estruturais. A questão energética no Brasil é hoje, sem dúvida, um tema relevante, que será muito debatido este ano. Não há dúvidas de que uma empresa com a experiência da State Grid vai ter, pela sua potencialidade e dimensão internacional, papel importante no Brasil. A Cemig também tem uma dimensão muito relevante e nosso objetivo principal é que ela tenha, em parceria com esta empresa e com outras, um papel cada vez mais ativo", completou o governador Anastasia.

Minas Gerais é o segundo maior parque gerador de energia do Brasil. Ao todo, são 19,69 milhões kW. Do total, 90% vêm de fontes hidráulicas, divididas entre usinas hidrelétricas, centrais geradoras e pequenas centrais hidrelétricas. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é a maior companhia integrada de energia do Brasil.

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Embaixada

Antonio Anastasia foi recebido em Pequim, na sede da Embaixada do Brasil na China, pelo embaixador Valdemar Carneiro Leão. Acompanharam o governador nos compromissos oficiais do dia o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Matheus Cotta; a diretora-presidente do Indi, Mônica Neves Cordeiro; o subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio Athayde; o presidente do Escritório de Prioridades Estratégicas do Estado, André Barrence, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões.

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