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Entidades pedem manutenção da Lei de Zoneamento em SP

Construído em diálogo com a sociedade civil, o Plano Diretor Estratégico de São Paulo foi aprovado em 2014 e, no ano passado, ganhou o prêmio ONU-Habitat, que celebra práticas inovadoras que auxiliam na construção de cidades mais humanas; mesmo assim, a gestão do ex-prefeito João Dória (PSDB), que segue sob o vice Bruno Covas (PSDB), anunciou a revisão da Lei de Zoneamento

Construído em diálogo com a sociedade civil, o Plano Diretor Estratégico de São Paulo foi aprovado em 2014 e, no ano passado, ganhou o prêmio ONU-Habitat, que celebra práticas inovadoras que auxiliam na construção de cidades mais humanas; mesmo assim, a gestão do ex-prefeito João Dória (PSDB), que segue sob o vice Bruno Covas (PSDB), anunciou a revisão da Lei de Zoneamento (Foto: Leonardo Lucena)
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Juliana Gonçalves, Brasil de Fato - Construído em diálogo com a sociedade civil, o Plano Diretor Estratégico de São Paulo foi aprovado em 2014 e tem horizonte de implantação de 16 anos. No ano passado, ganhou o prêmio ONU-Habitat, que celebra práticas inovadoras que auxiliam na construção de cidades mais humanas e inclusivas e que priorize a mobilidade sustentável.

Mesmo assim, a gestão do ex-prefeito João Dória (PSDB), que segue sob o vice Bruno Covas (PSDB), anunciou a revisão da Lei de Zoneamento (Lei 16.402/16), também aprovada há dois anos e que, segundo entidades que discutem cidades menos desiguais, promove retrocessos com relação aos avanços previstos pelo Plano Diretor.

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Américo Sampaio, gestor da Rede Nossa São Paulo, uma das mais de 160 entidades e coletivos que assinaram carta aberta à Prefeitura se opondo às mudanças, considera a ação da prefeitura problemática. "No limite, é isso que prevê a proposta da prefeitura de revisão da Lei de Zoneamento, é uma proposta para o aprofundamento das desigualdades", resume.

Entre as propostas, estão a construção de mais vagas de garagem para automóveis e a flexibilização da altura dos edifícios nos miolos de bairros. Além disso, segundo Sampaio, reduz a capacidade da Prefeitura de produzir habitação social, que pode agravar os problemas de moradia na cidade.

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Mariana Belmot, jornalista, integrante do Coletivo Imargem –iniciativa multidisciplinar criada em 2006 na beirada sul de São Paulo às margens da represa Billings, no distrito do Grajaú–, acredita que a proposta amplifica os malefícios da especulação imobiliária e da gentrificação, que excluem as pessoas mais pobres dos locais onde há mais serviços e infraestrutura.

Belmont aponta que as propostas são de retrocessos também num contexto rural. "Depois de muitos anos, a cidade de São Paulo voltou a ter a zona rural barrando grandes empreendimentos e construções em zona de manancial, ao mesmo tempo que fortalecia a agricultura orgânica e a preservação ambiental das áreas de proteção ambiental", lembra, sobre as medidas que serão derrubadas com a revisão.

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O ponto mais crítico da proposta da prefeitura, segundo Sampaio, é o desconto de até 30% sobre a outorga onerosa, um imposto com característica redistributivas cobrado de pessoas ou empresas que queiram construir algo para além do que é permitido pelo zoneamento urbano.

Tudo que é arrecadado por essa taxa vai para o Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb), que é destinado para melhorias urbanas nas áreas da periferia das cidades, ou seja, áreas mais vulnerabilizadas.

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Em nota, a prefeitura afirmou que o desconto seria provisório e serviria apenas para “incentivar o mercado”; além disso, afirmou que a proposta de ajustes “é uma minuta preliminar que está em pleno processo de consulta e discussão pública desde 15 de dezembro de 2017, por meio de audiências públicas e outros meios”.

A prefeitura lançou ainda uma carta em que rebate os pontos divulgados pelas entidades como problemáticos.

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