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Entre Aécio e Eduardo, que caminho trilhará o DEM?

A aliança entre o DEM e o PSDB, que sempre funcionou quando o assunto eram eleições presidenciais, parece dar mostras de esgotamento; parte da legenda defende o apoio à candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) enquanto outra parte da sigla flerta com o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos; a avaliação é que se o DEM não conseguir fechar o apoio em torno de Aécio, a candidatura tucana corre o risco de naufragar fragorosamente, podendo fazer com que a eleição seja decidida já no primeiro turno em favor da presidente Dilma Rousseff (PT), reduzindo ainda mais a força do partido

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Paulo Emílio_PE247 - A aliança entre o DEM e o PSDB, que sempre funcionou quando o assunto eram eleições presidenciais, parece dar mostras de que em 2014 este alinhamento não deverá ser tão fácil como antes. A legenda encontra dificuldades em conseguir a unidade em torno do apoio à candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e parte da sigla flerta com o potencial candidato pelo PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A avaliação é de que caso não consiga fechar o apoio em torno de Aécio, a candidatura tucana – que ainda não conseguiu o apoio de nenhum outro partido - corre o risco de naufragar fragorosamente, podendo fazer com que a eleição seja decidida já no primeiro turno, com a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Um dos fatores de preocupação do DEM reside no projeto que dificulta que novos partidos políticos tenham acesso aos recursos do fundo partidário, além de restringir o tempo da propaganda na televisão para estas siglas. A medida, que contou com o apoio velado do PT e do PMDB, atinge diretamente o Rede, partido que está sendo criado pela ex-senadora Marina Silva, enquanto o Mobilização Democrática (MD), resultante da fusão PPS/PMN, não será tão afetado.

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Como o MD já se manifestou favoravelmente a apoiar a candidatura de Eduardo Campos, uma terceira alternativa para reduzir os votos a favor da candidata do PT seria Marina. Porém, com a asfixia promovida pela nova legislação esta possibilidade fica um pouco mais complicada. Em reserva, o presidente do DEM, senador Agripino Maia, já teria observado que diante deste quadro, as chances de Dilma ganhar já no primeiro turno sobem consideravelmente, ainda mais se a legenda não fechar o apoio de forma coesa ao candidato tucano, que até o momento ainda não conseguiu cooptar nenhum apoio de peso.

Um outro complicador é administrar o rancor existente em parte a legenda que viu nas criticas relativas a restrição dos novos partidos uma chance de vingança.  “Quando o governo sangrou o DEM, o governador Eduardo Campos e a Marina Silva se omitiram. Agora, que eles são afetados, protestam. Isso é oportunismo”, disparou o ex-presidente do partido,  deputado Rodrigo Maia (RJ), que é filho do ex-prefeito do Rio, César Maia. O parlamentar vem trabalhando de forma a evitar que o DEM venha a apoiar Eduardo ou Marina Silva.

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Em Pernambuco, por exemplo, uma das maiores lideranças do DEM, o ex-governador Roberto Magalhães, já manifestou o desejo de apoiar a candidatura de Eduardo Campos. A situação levou o presidente estadual da legenda, deputado federal Mendonça Filho, a fazer um anúncio recheado de cautela. "Não tem nem candidatura posta ainda oficialmente. O próprio Eduardo ainda não verbalizou que é candidato. Então acho cedo para discutir esse assunto", disse. Segundo os bastidores, Mendonça também se mostra interessado em levar o apoio da legenda ao PSB, o que poderá promover uma fissura interna difícil de ser sanada.

Caso não haja um consenso em torno de qual o caminho que deverá ser seguido, o DEM poderá a entrar dividido nas próximas eleições,  correndo o risco de não apenas ficar de fora das eleições presidenciais, mas também perdendo espaço junto aos governos estaduais, uma situação complicada que deve fazer com que a legenda permaneça onde sempre esteve nos últimos anos: no campo da oposição. Só que com uma força ainda menor que a que possui atualmente.

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