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Espertíssima, Marina faz seu primeiro aceno a Serra

Durante caminhada no Recife, onde fez seu primeiro ato de campanha, a ex-senadora Marina Silva fez um movimento calculado e inteligente; lançou pontes ao ex-governador José Serra, do PSDB, dizendo que o apoio dele "não vai faltar ao seu governo"; Marina já rachou o empresariado paulista, com os apoios de grupos como Itaú e Natura; agora, sua estratégia consiste em rachar o PSDB para tentar consolidar sua posição no segundo turno; não será simples, para o senador Aécio Neves (PSDB/MG) evitar traições no ninho tucano, especialmente se Serra e seus aliados perceberem que poderão ter espaço num eventual governo Marina; ela também alfinetou a presidente Dilma, ao dizer que "o Brasil não precisa de um gerente"

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247 - A ex-senadora Marina Silva é bem mais pragmática do que supõem seus adversários. Neste sábado, ao participar de um ato de campanha em Recife, ela fez seu primeiro aceno ao ex-governador paulista José Serra, dizendo que ele "não vai faltar" ao seu governo.

Ao lançar uma ponte rumo ao PSDB de São Paulo, Marina, que tem como coordenador de campanha o ex-tucano mas ainda serrista Walter Feldman, fez um gesto calculado. Depois de rachar o empresariado paulista, com o apoio de grupos como Itaú e Natura, turbinado ainda pela chegada do financista André Lara Resende, ela quer agora implodir o PSDB.

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Recentemente, outro tucano de linhagem serrista, o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, disse que um governo Marina contaria com o apoio de economistas tucanos na burocracia do governo e de parlamentares do partido no Congresso. Ou seja: para determinada ala do PSDB, Marina já parece ser mais plano A do que plano B. Se Serra, que ainda se ressente de uma suposta falta de apoio de Aécio nas eleições de 2010, perceber que poderá ter espaço num governo Marina, o candidato tucano terá muito trabalho para ultrapassar Marina até o dia do primeiro turno.

Na caminhada em Recife, Marina também mencionou outros políticos. "O PMDB de Pedro Simon não vai nos faltar. Tenho certeza de que o PMDB de Jarbas [Vasconcelos] não vai nos faltar. O PDT de Cristovam (Buarque) não vai nos faltar. O PT de Suplicy não vai nos faltar. Eu até te digo mais: mesmo que estejamos em palanques diferentes, se não for o Suplicy e for o Serra, eu tenho certeza de que ele não vai nos faltar", afirmou a ex-senadora. O endereço da mensagem era José Serra.

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Leia, também, reportagem da Reuters sobre entrevista concedida por Marina em Recife:

 

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Marina Silva diz que Brasil não precisa de um "gerente"

 

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Por Felipe Pontes

RECIFE (Reuters) - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, voltou ao Recife uma semana após o funeral do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para realizar o seu primeiro ato de campanha desde que passou a encabeçar a chapa do partido, e criticou a visão de que o Brasil precisa de um “gerente” no comando do executivo.

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“No Brasil, se criou essa história de que é preciso ter um gerente... O Itamar (Franco) não era um gerente, era um homem com visão estratégica. O Fernando Henrique (Cardoso) é um acadêmico, não era um gerente, mas era um homem com visão estratégica. O Lula (Luiz Inácio Lula da Silva), um operário, não era um gerente, mas um homem com visão estratégica”, disse a ex-senadora.

“Quando se tem visão estratégica, se sabe reunir equipes, a gente consegue os melhores gerentes. Quando não se tem, não se consegue gerenciar nem a si mesmo”, acrescentou Marina, que caminhou por quase duas horas ao lado do candidato a vice, Beto Albuquerque, pelas ladeiras de um bairro pobre na Zona Norte do Recife.

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Em comício ao final da caminhada, Marina criticou alianças de campanha entre aliados que aparentam juntar “água com óleo”, mas ao ser questionada sobre como pretende garantir a governabilidade, caso eleita, não descartou aliança com membros de nenhum partido.

“Não critico fazer alianças, eu critico fazer as alianças inadequadas. Se nós fizermos um movimento na sociedade brasileira, Marina e Beto, de vitória, pode ter certeza que o PMDB do Pedro Simon não vai nos faltar. O PMDB de Jarbas (Vasconcelos) não vai nos faltar. O PT de (Eduardo) Suplicy não vai nos faltar”, disse a candidata. “E mesmo que estejamos em palanques diferentes. Se não for o Suplicy, for o José Serra (PSDB), eu tenho certeza que ele não vai nos faltar”, acrescentou.

O material de campanha utilizado no ato não continha referência à Marina como candidata à Presidência, enquanto o rosto de Eduardo Campos estava estampado em posteres e adesivos espalhados pelas casas. Um carro de som anunciava “Eduardo presente, Marina presidente” à frente do grupo, que seguiu rodeado por centenas de militantes do PSB e acompanhado por um boneco gigante da candidata.

Marina, que era candidata a vice-presidente, tomou a liderança da chapa do PSB após a morte trágica de Campos no dia 13, em acidente aéreo na cidade de Santos (SP).

FATOR PREVIDENCIÁRIO

Durante o comício, o candidato à vice-presidência defendeu o fim do fator previdenciário.

“Os nossos adversários são aqueles que não deixam acabar com o fator previdenciário e obrigam o trabalhador que contribuiu com cinco salários, com dois salários mínimos, se aposentar depois, para o resto da vida, com um salário mínimo. Nós vamos mudar isso”, disse Albuquerque, no palanque ao lado de Marina Silva.

O fim do fator previdenciário, instituído durante o segundo mandato do governo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para evitar aposentadorias precoces e desafogar as contas da Previdência Social, é uma antiga reivindicação dos movimentos sindicai

Os candidatos do PSB não deram detalhes sobre como seria viabilizado o eventual fim do fator previdenciário.

(Edição de Raquel Stenzel)


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