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Ex-deputado é condenado a 26 anos de prisão

O ex-deputado estadual e ex-vereador por Maceió, Luiz Pedro da Silva, foi condenado a 26 anos e 5 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio, sequestro e formação de quadrilha; ele foi apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como o autor intelectual da morte do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, assassinado em agosto de 2004

O ex-deputado estadual e ex-vereador por Maceió, Luiz Pedro da Silva, foi condenado a 26 anos e 5 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio, sequestro e formação de quadrilha; ele foi apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como o autor intelectual da morte do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, assassinado em agosto de 2004 (Foto: Voney Malta)
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Alagoas247 - Após dois dias de julgamento e horas de embate entre defesa e acusação, o Tribunal de Júri condenou, a 26 anos e 5 meses de prisão, em regime fechado, o ex-deputado estadual e ex-vereador Luiz Pedro da Silva pelos crimes de homicídio, sequestro e formação de quadrilha. Ele foi apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como o autor intelectual da morte do servente de pedreiro Carlos Roberto Rocha Santos, assassinado em agosto de 2004, em Maceió. Ao final das sustentações, o argumento do MPE convenceu os jurados de que 'cabo' Luiz Pedro foi o mandante do crime. Contudo, ele vai responder em liberdade até a decisão transitar em julgado.

Logo após a condenação, o pai da vítima, Sebastião Rocha, celebrou o resultado. Em entrevista à imprensa, ele revelou que nunca perdeu a esperança de ver Luiz Pedro condenado. "Agradeço a Deus, ao Ministério Público e à sociedade alagoana. A Justiça, finalmente, foi feita. Tinha certeza absoluta de que este dia chegaria. Agradeço também à imprensa do meu estado por ter abraçado esta causa. Deus existe”, declarou Sebastião.

Contudo, por acreditar que a decisão do tribunal foi equivocada, o advogado de Luiz Pedro, José Fragoso, ressaltou que irá recorrer da decisão de prisão em regime fechado. “Entendo e respeito a decisão do júri, mas acredito que foi uma sentença equivocada. É por isso que vamos recorrer. Já apresentamos o recurso de apelação. A pena aplicada também está equivocada”, disse o advogado. 

Já o promotor do caso, Carlos Davi Lopes, chegou a comparar a postura adotada pelo réu a de Adolfo Hitler no nazismo. “Nem o nazismo foi tão cruel. Naquele regime, que também foi extremamente perverso, havia uma suposta lógica para o extermínio de inocentes. Na milícia comandada por Luiz Pedro, não. Matava-se por qualquer motivo abjeto. Seu grupo paramilitar agia do mesmo modo que os homens da era primitiva, onde o elemento da força era o mais importante. O ex-deputado liderava uma milícia de brutamontes”, afirmou o promotor. 

O membro do MPE/AL também destacou que, para se sentir inalcançável, ainda que não mais esteja gozando de prerrogativa de função, Luiz Pedro continuaria doando casas a pessoas pobres, e agindo da mesma maneira de outrora, promovendo uma espécie de 'limpeza' nos conjuntos populares 'dos quais ele é dono'. 

“Ainda vive-se em Alagoas a época do coronelismo. O ex-deputado insiste em ser um senhor feudal, que domina vassalos em troca de favores. E esses tais vassalos, para serem beneficiados com as casas, precisam unicamente cumprir suas determinações, as ordens ditadas por eles. É preciso pôr fim a esse feudalismo e dar início a uma nova era”, argumentou. 

À época do crime, o corpo de Carlos Roberto 'sumiu' do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió. O pai da vítima, que acompanhou todo o julgamento, segue sem saber onde foram parar os restos mortais do jovem morto com 21 tiros.

'Era para sair daqui preso'

Já o juiz John Silas, responsável pela condução do julgamento iniciado nessa quarta-feira (23), afirmou, durante a leitura da sentença, que Luiz Pedro deveria sair do Tribunal do Júri preso. No entanto, o magistrado afirmou que a prisão, naquele momento, não seria possível em virtude de a defesa ter apresentado recurso contra a condenação. 

Durante os dois dias de julgamento, Luiz Pedro levou centenas de moradores dos conjuntos habitacionais que teria construído, a fim de que os mesmos lhe demonstrassem apoio. 

“Espero que a decisão desta noite possa levá-lo a refletir sobre as acusações que são feitas contra o senhor. Que as obras sociais realizadas pelo senhor continuem, mas sem conotação política. É importante que estas pessoas que o senhor trouxe estejam presentes e entendam que o crime não compensa. Precisamos tirar de Alagoas o título de estado mais violento do Brasil. E isso só é possível quando se faz justiça”, declarou o magistrado.

Com gazetaweb.com

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