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Ex-secretária diz que Doria é ‘afoito’ e tem ‘senso de urgência equivocado’

Patrícia Bezerra, que entregou o cargo de secretária de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo três dias após a intervenção na Cracolândia que resultou na demolição de um muro e três feridos, afirma que o prefeito "tem um senso de urgência que é equivocado"; "Por outro lado, ele está muito afoito. Entendo, porque ele está devedor da campanha que fez e do número expressivo [de votos] que ele teve. Mas a cidade tem prazos, inúmeros caminhos burocráticos, que são letárgicos, sim, mas são processos que, se a gente atropela, passa por cima, dá margem para corrupção", destacou

Patrícia Bezerra, que entregou o cargo de secretária de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo três dias após a intervenção na Cracolândia que resultou na demolição de um muro e três feridos, afirma que o prefeito "tem um senso de urgência que é equivocado"; "Por outro lado, ele está muito afoito. Entendo, porque ele está devedor da campanha que fez e do número expressivo [de votos] que ele teve. Mas a cidade tem prazos, inúmeros caminhos burocráticos, que são letárgicos, sim, mas são processos que, se a gente atropela, passa por cima, dá margem para corrupção", destacou (Foto: Paulo Emílio)
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SP 247 - A ex-secretária de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo Patrícia Bezerra, que entregou o cargo ao prefeito João Doria (PSDB) três dias após a intervenção na Cracolândia que resultou em três feridos, criticou o tucano em entrevista à Folha de S.Paulo nesta quinta-feira 1º, a quem chamou de "muito afoito" e com um "senso de urgência equivocado" (leia aqui a íntegra).

Patrícia, que é vereadora pelo PSDB, também se queixou da falta de diálogo com o prefeito. "Falta de interlocução direta com o prefeito, falta de compreensão do papel da secretaria e do tema. Ele tem um senso de urgência que é equivocado. No caso do Redenção, ao longo de quatro anos se faria um trabalho gradual. A pressa que ele tem não respeita essa cronologia. Quanto tempo se levou para se instalar um problema como a cracolândia?", disse.

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Segundo ela, houve uma perda de expectativa gradual com as ações determinadas pelo prefeito. "Você vai perdendo a perspectiva. Fiz planos, levei pessoas gabaritadas, pensando em deixar um legado. Se você vê que não existe o mesmo entusiasmo, sinergia, compreensão, vai dando um sentimento de frustração", relatou.

"Houve o decreto de zeladoria [em janeiro, a prefeitura publicou decreto retirando, sem consultar a Secretaria de Direitos Humanos, o veto à remoção de cobertores de moradores de rua]. Falei: tem que rever. Não aconteceu nada. Na questão da ponte [Patrícia era contra dar o nome do ex-senador Romeu Tuma à ponte das Bandeiras], falei que era uma aberração. Está no relatório da Comissão da Verdade o nome do cara como quem chancelou torturas no Dops", disparou.

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A ex-secretária observa ainda que a relação com Doria não foi de todo ruim, mas "também não foi tão boa quanto poderia ter sido. Ele aparenta ser uma pessoa muito aberta, pronta ao diálogo, mas ele não é tão aberto assim". "Por outro lado, ele está muito afoito. Entendo, porque ele está devedor da campanha que fez e do número expressivo [de votos] que ele teve. Mas a cidade tem prazos, inúmeros caminhos burocráticos, que são letárgicos, sim, mas são processos que, se a gente atropela, passa por cima, dá margem para corrupção", observou.

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