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Expira prazo para jovens desocuparem escolas

Pelo acordo firmado entre a Secretaria de Educação (Seduc) e parte dos estudantes que representam as escolas ocupadas por secundaristas no Estado, as aulas deveriam voltar ao normal; no entanto, em visita a diversas escolas da região central de Porto Alegre, é possível constatar que muitas delas permanecem ocupadas e que a greve de professores, convocada pelo Cpers, ainda paralisa aulas em outras

Pelo acordo firmado entre a Secretaria de Educação (Seduc) e parte dos estudantes que representam as escolas ocupadas por secundaristas no Estado, as aulas deveriam voltar ao normal; no entanto, em visita a diversas escolas da região central de Porto Alegre, é possível constatar que muitas delas permanecem ocupadas e que a greve de professores, convocada pelo Cpers, ainda paralisa aulas em outras (Foto: Leonardo Lucena)
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Luís Eduardo Gomes, Sul 21 - Pelo acordo firmado entre a Secretaria de Educação (Seduc) e parte dos estudantes que representam as escolas ocupadas por secundaristas no Estado, as aulas deveriam voltar ao normal nesta segunda-feira (20). No entanto, em visita a diversas escolas da região central de Porto Alegre, a reportagem do Sul21 pode constatar que muitas delas permanecem ocupadas e que a greve de professores, convocada pelo Cpers, ainda paralisa aulas em outras. Confira a seguir como está a situação nos locais visitados.

Ernesto Dornelles (Centro)

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O colégio foi desocupado pelos alunos na sexta-feira (17). No entanto, nesta segunda, as aulas ainda não tinham sido retomadas. Está marcada para a tarde de hoje a conclusão de uma faxina geral que os estudantes se comprometeram a fazer a liberar a escola. Também deve ocorrer uma reunião de professores para decidir se retomam as aulas ou se mantêm a paralisação em decorrência da greve.

De acordo com a diretora da escola, Isabel Lopes, dos cerca de 90 professores e funcionários do quadro da Ernesto, no máximo 15 teriam a intenção de retomar as aulas imediatamente. Ela estima que apenas as aulas do ensino técnico devem recomeçar nesta terça.

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Paula Soares (Centro)

Ligada ao Comitê das Escolas Independentes (CEI), que se recusou a assinar o acordo firmado com o governo na semana passada, a escola permanecia ocupada nesta manhã. De acordo com Sérgio Campos, presidente do Grêmio Estudantil do Paula Soares, a expectativa é que a escola seja desocupada na noite de terça-feira e as aulas sejam retomadas na quarta.

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Ele afirma que a decisão definitiva sobre desocupar a escola deve ser tomada nesta terça (21), após reunião com representantes da Seduc marcada para as 14h. Sérgio salienta, porém, que mesmo com a decisão de desocupar amanhã, os alunos se manterão em “estado de ocupação. Isto é, se o governo descumprir o acordo firmado com os estudantes, eles voltariam a ocupar à escola.

Em relação à greve, como apenas cerca de 10% dos professores do Paula Soares aderiram à paralisação, a escola deve retomar as aulas normalmente após a desocupação. Os alunos da escola também realizam hoje um mutirão de limpeza.

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Coronel Afonso Emilio Massot (Cidade Baixa)

Por volta das 11h, a escola se encontrava totalmente fechada, sem aulas e sem sinal de alunos ou professores cuidando o portão. Por telefone, a vice-diretora Neiva Lazzarotto informou que professores e alunos estavam em reunião. Segundo ela, tanto a greve quanto a ocupação permaneciam nesta segunda, mas os estudantes podem decidir nas próximas horas desocupar a escola.

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Protásio Alves (Azenha)

Representantes dos estudantes da Protásio estavam na comitiva que firmou o acordo com o governo para a desocupação das escolas. Nesta manhã, a instituição estava liberada, mas não foram realizadas aulas. Segundo a vice-diretora da manhã, Katia Martini, a escola já foi desocupada pelos estudantes no final da semana passada, mas as aulas não foram retomadas porque a grande maioria dos professores está em greve. “Para voltar às aulas, a gente sempre espera a decisão da assembleia [do Cpers]. Quem nos coloca ou tira da greve é a assembleia da categoria”, afirma Martini.

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Julio de Castilhos (Santana)

Outra escola cujos estudantes compõe o CEI, o Julinho também não teve aulas nesta manhã. Os jovens que estavam no local afirmaram que a intenção era manter a ocupação. “Se até sexta não vier ninguém tirar a gente, vamos ficar”, diz Sabrina Cavalheiro, do 1º ano do Ensino Médio.

Os estudantes avaliam que o acordo firmado com o governo não atende às reivindicações deles. “Tem muitas brechas pró-governo”, diz Rafaela Kira, do 2º ano do Ensino Médio. Quando a reportagem visitou a escola, nenhum professor estava presente.

Instituto de Educação Flores da Cunha (Farroupilha)

Mais uma escola vinculada ao CEI, o IE também permanece ocupado. Tobias Camisolão, do 3º ano do Ensino Médio, diz que a definição sobre desocupar ou não a escola só deve sair na tarde de amanhã, após reunião com a Seduc. Ele diz que as escolas independentes esperam que o governo avance em pautas como a retirada total do PL 44/2016, que o governo já se comprometeu a não voltar antes de 2017, a não criminalização de estudantes que participam das ocupações – pedem a anistia dos alunos presos durante a ocupação da Sefaz -, aumento da verba da merenda, discutir o passe livre intermunicipal, entre outros temas.

Nesta manhã, um grupo de pais de alunos do IE vinculados ao movimento Desocupa se reuniu com representantes da Seduc para definir uma estratégia para tentar retomar as aulas já na próxima quarta-feira. Segundo Liane Muller, mãe de um estudante da 8ª série do Ensino Fundamental, a intenção é que os pais levem seus filhos quarta pela manhã e, caso a escola ainda esteja ocupada, a polícia seja acionada para liberar o acesso a todos.

Nesta tarde, o CEI realiza nas dependências do IE uma reunião que pode definir os rumos das chamadas ocupações independentes.

Padre Reus (Tristeza)

Por telefone, o diretor Ildo Vilarinho Jr. informou que os alunos ainda estão mantendo a ocupação e a grande maioria dos professores segue em greve.

Desocupações já realizadas 

De acordo com a Seduc, pelo menos 30 escolas no interior do Estado já foram desocupadas desde que o acordo com os estudantes foi firmado, no entanto, não há informações se as aulas já foram retomadas nessas instituições. A pasta também não tem um levantamento referente à Capital.

Já a União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (Umespa) informa que 26 escolas já foram desocupadas na Capital. Pelas contas da entidade, outras 10 permanecem ocupadas.

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