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Fechar empresa é longa-metragem de mau gosto

Em analogia a um "longa metragem de mau gosto", o diretor superintendente do Sebrae-SP Bruno Caetano mostra em seu artigo que é um "caminho doloroso", mas necessário; Faz parte do espírito empreendedor ser persistente - não é ser teimoso - e tentar de novo. Com planejamento, qualificação e direcionamento, a próxima empreitada pode ser um sucesso de bilheteria

Em analogia a um "longa metragem de mau gosto", o diretor superintendente do Sebrae-SP Bruno Caetano mostra em seu artigo que é um "caminho doloroso", mas necessário; Faz parte do espírito empreendedor ser persistente - não é ser teimoso - e tentar de novo. Com planejamento, qualificação e direcionamento, a próxima empreitada pode ser um sucesso de bilheteria (Foto: Luis Mauro Queiroz)
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Sebrae - O enredo desse filme nós já vimos: o empreendedor idealizou seu negócio, investiu dinheiro, tempo e dedicação, mas as coisas não saíram como desejado. Chegou a um ponto em que ficou insustentável manter a empresa aberta e agora ele é obrigado a encerrar as atividades. Não é nada fácil para quem sonhou embarcar num cruzeiro, descobrir-se a bordo do Titanic.

Seja a situação consequência de falhas na gestão, da crise econômica atual ou de qualquer outro problema, o fato é que o empreendedor está diante da desagradável experiência de ter de fechar as portas. Nessa hora, ele preferiria resolver logo a situação, mas infelizmente o processo no nosso País é um longa-metragem de muito mau gosto. Por conta da famigerada burocracia, a finalização legal da empresa pode levar de seis meses a um ano, dependendo das questões em aberto existentes.

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No entanto, não há como se furtar da obrigação. Não oficializar o fim do negócio significa ter dívidas contabilizadas mesmo com o empreendimento inativo e ficar sujeito a multas. Portanto, a recomendação é uma só: faça a coisa certa.

Em linhas gerais, o roteiro começa pelo distrato social, documento de encerramento em que são especificados os motivos da dissolução da empresa e como será a partilha dos bens entre os sócios (se houver, claro).

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O dono do negócio tem de dar baixa na esfera municipal se for pagador do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Para isso deve checar com a Secretaria de Finanças quais documentos e procedimentos necessários. Se a empresa recolhia Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), terá de acertar tudo com a Secretaria da Fazenda, órgão onde poderá solicitar a baixa estadual.

Na Junta Comercial, é preciso protocolar os pedidos de arquivamento de atos de extinção de empresário ou de sociedade empresária, junto com os comprovantes mencionados anteriormente e a Certidão Negativa de Débito (CND), fornecida pela Secretaria da Receita Previdenciária. Em cada Estado é cobrada uma taxa diferente.

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Por fim, tem de dar baixa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br). No endereço eletrônico, é emitido o Documento Básico de Entrada (DBE) no programa Coleta Web. Deverão ser impressas duas vias do DBE com assinatura reconhecida em cartório e apresentadas à Receita para poder ser efetuada a baixa do CNPJ. Ter pendências no CNPJ impede o início outro negócio de forma correta.

Apesar de doloroso (e no burocrático Brasil, demasiadamente trabalhoso), fechar uma empresa não é o fim. Pior é insistir em um negócio esgotado, tomar prejuízo atrás de prejuízo e ficar inerte à espera de um milagre. Faz parte do espírito empreendedor ser persistente - não é ser teimoso - e tentar de novo. Com planejamento, qualificação e direcionamento, a próxima empreitada pode ser um sucesso de bilheteria.

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Bruno Caetano, autor deste artigo, é diretor superintendente do Sebrae-SP. 

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