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Ford investe menos na América Latina e foca na Europa para fazer veículos elétricos

(Foto: Unsplash)
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A montadora norte-americana Ford continua mudando os planos da empresa, que deve ser mesmo longe do Brasil e da América Latina. Em fevereiro deste ano, a marca confirmou um investimento de US$ 1 bilhão nas operações europeias com o foco de se transformar em 100% elétrica. A ideia é aproveitar o momento voltado para novas tecnologias do mercado, e abraçar de vez as inovações de diferentes setores.

Desde que saiu de vez do mercado brasileiro, inclusive causando impacto na vida dos trabalhadores em Camaçari (BA), a Ford está mostrando que o futuro da empresa é voltado para os carros elétricos. Isso ficou evidente na reformulação que está acontecendo na fábrica da empresa na Alemanha, que fica localizada na cidade de Colônia. O investimento bilionário será usado para modernizar e adaptar a linha de produção, visando os veículos com baterias, e não mais com tanque de combustíveis.

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Isso mostra que o Brasil, assim como boa parte da América Latina, não é mais prioridade para a montadora norte-americana. Apesar da força do mercado brasileiro, a grave crise financeira e o cenário de desindustrialização faz com que o país não tenha força para acompanhar essa inovação que a Ford busca. O aporte realizado pela marca na Argentina também aponta que, se a empresa for trazer alguma inovação para a região, isso será feito em território argentino.

O futuro da Ford ainda é uma incógnita, mas o foco nas inovações tecnológicas parece ser o caminho correto para crescer no mercado atual. Um exemplo é a Volkswagen, que também confirmou alguns lançamentos de veículos 100% elétricos para os próximos anos. A empresa alemã tem até uma parceria com a chinesa JAC em busca de espaço neste mercado. Afinal, essas novas tecnologias estão ganhando cada vez mais espaço nas cidades.

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Interatividade e inovação

Apesar de a sustentabilidade ser um dos aspectos mais importantes para essa mudança nas montadoras, essa não é a única razão para o investimento em carros elétricos das empresas. Como é possível ver na produção de veículos da Tesla, os automóveis estão ficando cada vez mais interativos e com tecnologias mais inovadoras. Isso significa que a indústria de automóveis está apenas seguindo uma tendência que acontece em outros setores.

No mercado do entretenimento digital, por exemplo, os impactos são cada vez mais visíveis e consolidados. É o caso das plataformas de streaming, que possuem milhões de assinantes em todo mundo, principalmente no Brasil. Elas conquistaram um espaço que antes era dominado pelas emissoras de TV e também pelos cinemas. Uma mudança que só aconteceu por conta da digitalização das pessoas e, principalmente, do mercado. A mesma situação se repetiu com o sucesso dos cassinos online, que usam novas tecnologias nos principais jogos de mesas de cassinos, como a roleta, o pôquer e o blackjack. A ideia é que todos esses jogos de apostas fiquem mais interativos na versão digital. Os jogadores podem apostar via streaming, além de jogar em mesas temáticas, fazendo com que a experiência de apostar online seja ainda mais interessante. As indústrias da música, dos jogos eletrônicos e de vários outros setores também poderiam ser citadas, pois essa digitalização atinge todos os setores.

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Digitalização no Brasil

Essa mudança no mercado também pode explicar a opção da Ford em sair do Brasil e investir US$ 1 bilhão no mercado europeu. Apesar do grande potencial que existe no país, a transformação digital por aqui ainda é considerada lenta pelos especialistas. Isso coloca o mercado nacional abaixo dos níveis globais, o que resulta no afastamento de empresas que planejam um maior foco na digitalização e inovação nos serviços.

Isso é algo que acontece de forma generalizada na América Latina, o que explica o foco da Ford na fábrica alemã e o aporte menor na Argentina. O mercado na região precisa se reinventar com maiores investimentos, principalmente após a crise enfrentada durante todo o ano de 2020. O problema é que os sinais dados até aqui, principalmente pelo Brasil, é que esse caminho ainda está longe de ser atingido.

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A saída da montadora norte-americana do Brasil deixou uma forte marca na taxa de desemprego e também na desindustrialização da economia nacional. Entretanto, ver a Ford investindo em veículos 100% elétricos mostra que o país precisa dar mais atenção para um mercado inovador e tecnológico. Afinal, só assim o país pode sair da crise e diversificar a economia local.

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