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Fornecedor da Petrobras, estaleiro baiano demite mil

A empresa Enseada Indústria Naval demitiu mil funcionários que estavam trabalhando na construção de um estaleiro às margens do Rio Paraguaçu, no município de Maragogipe, no Recôncavo baiano; motivo da demissão em massa é a suspensão de repasses da Sete Brasil, empresa criada para construir e alugar sondas para exploração do pré-sal; há três meses o empreendimento não recebe recursos da Sete Brasil, que tem entre seus acionistas a Petrobras, num débito que chega a R$ 210 milhões

Enseada Ind�stria Naval inicia opera��o da atividades na constru��o de Navios, movimentando a economia do rec�ncavo baiano. Na foto: Marcelo Gentil/ Gerente de Comunica��o (Foto: Romulo Faro)
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Bahia 247 - A empresa Enseada Indústria Naval demitiu mil funcionários que estavam trabalhando na construção de um estaleiro às margens do Rio Paraguaçu, na Baía do Iguape, no município de Maragogipe, no Recôncavo baiano. O motivo da demissão em massa é a suspensão de repasses da Sete Brasil, empresa criada para construir e alugar sondas para exploração do pré-sal.

O estaleiro tem contrato para construir seis navios-sonda até 2020 e é administrado por consórcio formado por OAS, UTC Engenharia (cujos executivos foram denunciados na Operação Lava Jato) Odebrecht e Kawasaki.

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Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, há três meses o empreendimento não recebe recursos da Sete Brasil, que tem entre seus acionistas a Petrobras, num débito que chega a R$ 210 milhões. Para solucionar o problema de liquidez, a Sete tenta receber recursos de empréstimos no valor de R$ 5 bilhões junto no BNDES e no UK Export Finance, da Inglaterra. Outros R$ 800 milhões foram solicitados ao Banco do Brasil. Até agora, contudo, nenhum empréstimo foi liberado, segundo a publicação.

O estaleiro Enseada do Paraguaçu teve sua pedra fundamental lançada há dois anos e até então, 470 demissões já foram concretizadas, mas a empresa informou que o número de demitidos deve chegar a mil ainda neste mês. Segundo o sindicato dos trabalhadores da categoria, mais 800 trabalhadores terceirizados também devem ser demitidos.

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Após as demissões, os 2.700 trabalhadores das obras entraram em greve. "Se alguém foi pego pilhando recursos públicos na Petrobras, que pague. Não vamos aceitar que os trabalhadores sejam punidos", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada da Bahia, Bebeto Galvão.

A Enseada Indústria Naval, porém, nega as informações e responde em nota que as demissões "são de caráter preventivo", além de alegar dificuldades no "atual cenário do país, com impacto direto na indústria naval brasileira".

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A Sete Brasil disse "que está concentrando esforços para equacionar os pagamentos e ressalta também que a crise atual no setor impôs dificuldades ao plano de financiamento da companhia".

Orçadas em R$ 2,7 bilhões, as obras do estaleiro tem previsão de término em dezembro do próximo ano.

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