Frente de Oposição debate segurança pública

Alagoas247 - Especialistas e lideranças partidárias que formam a Frente de Oposição voltaram a se reunir na manhã desta sexta-feira (30), no auditório do Hotel Ritz Lagoa da Anta, no bairro Cruz das Almas, em Maceió, para discutir as necessidades da segurança pública do estado, no Seminário Temático Produtivo e Social. O evento tem por objetivo a elaboração do plano de governo do PMDB. Coordenada pelo professor Fábio Guedes, o evento contou com a presença do presidente da Frente de Oposição, Ronaldo Lessa, e de membros de órgãos ligados à segurança pública, como as polícias Civil, Militar e Federal, Corpo de Bombeiros e Ministério Público.

Representando o Ministério Público Estadual (MPE), o procurador Antiógenes Lira falou sobre a importância do MPE para a segurança pública do estado, destacando a necessidade de se buscar melhorias à população. "O Ministério Público é uma instituição do estado que trabalha para contribuir na busca pelas melhorias que a sociedade exige. Atualmente, vejo a necessidade de valorização dos policiais que estão nas ruas, para a garantia de agilidade nas delegacias. Cabe ao órgão também discutir propostas de ação penal. Somos parte no processo criminal, juntamente com o juiz e o advogado", disse Lira.

Já o superintendente da Polícia Federal (PF), Omar Gabriel Haj Mussi, também participou do evento e fez críticas sobre a estrutura das polícias. "É preciso discutir que tipo de polícia nós queremos. A Polícia Federal cresceu e se estabeleceu como uma instituição confiável. Então é necessário que as polícias tenham estrutura adequada para a formação de policiais, para que estes agentes não saiam às ruas despreparados. É importante a constante capacitação, atualização e reciclagem dos policiais, e alguém que gerencia realmente a segurança pública no plano de governo", salientou Haj Mussi.

Os graves índices de criminalidade também foram lembrados pelo presidente da Associação de Delegados de Polícia (Adepol), Antônio Carlos Lessa. "Estamos vivenciando a falência da segurança pública em Alagoas. A luta de combate à violência tem de ser constante e precisa do apoio do estado. Qual foi o investimento feito nesses últimos anos na Polícia Judiciária e na Polícia Militar? Não podemos admitir isso", reforçou Lessa, contribuindo para o debate.

O major Carlos Burity, do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL), aproveitou a ocasião para apontar os problemas vivenciados pela instituição. "Precisamos discutir o papel dos bombeiros no Estado. Somos uma instituição independente e passamos por dificuldades devido a essas reformas centralizadas. Trabalhamos na raça, como no acidente do Moinho Motrisa. Não temos equipamentos adequados e nem quartéis para prestar o serviço que se espera no interior. Se ocorrer um acidente, nesse momento, em Novo Lino, por exemplo, levaremos uma hora e meia para chegar", frisou Burity.

O evento abriu o debate para o público, que pôde fazer perguntas e relatar problemas vividos no dia a dia, além da carência de políticas públicas para a segurança. O seminário segue até as 17h30 desta sexta-feira (30), quando devem ainda ser discutidos os temas meio ambiente, ciência, tecnologia e informação, energia, água e saneamento, e finanças públicas.

Com gazetaweb.com