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"Goiás se antecipou à crise e hoje avança", diz Marconi

Em mais uma rodada de entrevistas, desta vez para rádios da Região Norte de Goiás, Marconi afirmou que, em meio à crise nacional, Goiás vive situação econômica mais equilibrada que a de estados como Rio de Janeiro – com a saúde em caos e servidores e aposentados sem receber – e Rio Grande do Sul, com atrasos do funcionalismo; “Minha experiência me levou a enxergar em 2014 que teríamos uma crise sem precedentes na história do Brasil em 2015 e 2016”, disse Marconi, ao lembrar que, ainda em 2014, fez a maior reforma administrativa da história do Estado; “Eliminei cerca de 10 mil cargos comissionados e temporários, diminuí despesas e reduzi o número de secretarias para 10”

Entrevista a Emissoras de Radios Fotos Eduardo Ferreira (Foto: José Barbacena)
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Goiás 247 - Em meio à crise nacional, Goiás vive situação econômica mais equilibrada que a de estados como Rio de Janeiro – com a saúde em caos e servidores e aposentados sem receber – e Rio Grande do Sul, com atrasos do funcionalismo. Não por sorte, mas por visão administrativa somada a ações duras, mas necessárias. Em resumo, foi o que afirmou o governador Marconi Perillo, em entrevista ao vivo a nove rádios de municípios da Região Norte de Goiás: Sucesso e Cidade (Jaraguá); Vera Cruz, Itajá e São Carlos (Goianésia); 96 FM (Barro Alto); Legal e Aliança (Ceres); Alvorada (Rialma); Uruaçu FM; Nova Era e Tropical (Porangatu); Mara Rosa FM; e Serra da Mesa (Minaçu).

“Minha experiência me levou a enxergar em 2014 que teríamos uma crise sem precedentes na história do Brasil em 2015 e 2016”, disse Marconi, ao lembrar que, ainda em 2014, fez a maior reforma administrativa da história do Estado. “Eliminei cerca de 10 mil cargos comissionados e temporários, diminuí despesas e reduzi o número de secretarias para dez”, recordou. “Todas essas economias me fizeram conseguir atravessar 2015, apesar da maior crise econômica da história do Brasil”. O governador falou também, e principalmente, de assuntos de interesse direto dos próprios municípios representados pelos profissionais das rádios presentes no Salão Verde do Palácio das Esmeraldas. Entre eles, saúde, segurança, rodovias, Vapt Vupt. E, ainda, sobre temas políticos, como eleições, impeachment da presidente Dilma Rousseff e da internação, obtida pelo governador, para o menino Davi, de 2 anos de idade, portador da Síndrome de Imunodeficiência Combinada Grave. Leia abaixo íntegra da entrevista.

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HOSPITAL DE JARAGUÁ

Todos vocês sabem que o Hospital Municipal de Jaraguá é de responsabilidade exclusiva da prefeitura. Aliás, esse hospital foi construído pelo governador (Henrique) Santillo, eu tive a honra de ir à época a Jaraguá, como assessor do Santillo, para inaugurá-lo, representando o governador. Depois de muitos anos o governador Maguito Vilela passou esse hospital para a prefeitura. Na minha opinião, foi um grande erro, porque um hospital regional tem de ser administrado pelo governo do Estado. E agora, depois de muitas tratativas com o deputado Nédio Leite, nós resolvemos iniciar um processo pra reversão desse hospital para o governo do Estado. Determinei as providências para que o Estado assuma, faça uma licitação de OSs, para que a gente tenha em Jaraguá um hospital funcionando bem e atendendo toda a região. Como vocês sabem, todos os hospitais do governo do Estado hoje são administrados por OSs e todos eles funcionam maravilhosamente bem. O último hospital que nós terceirizamos para OSs foi o de Pirenópolis, e todas as pessoas que visitam o hospital de Pirenópolis percebem a mudança que ocorreu depois que nós fizemos a mudança da administração. Eu queria reafirmar a minha determinação em assumir o hospital tão logo todo o procedimento jurídico e legal esteja pronto, nós vamos assumir e vamos mudar pra valer a gestão desse hospital.

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A REGIÃO NORTE

Tenho todo o interesse em continuar ajudando a Região Norte. Vocês sabem que nos últimos quatro anos eu dei muito foco à reconstrução de rodovias, como foi o caso de Porangatu-Novo Planalto-São Miguel do Araguaia, além da manutenção dos programas sociais, dos programas econômicos. Neste momento agora, nós estamos aguardando apenas o desfecho da crise política em Brasília, que deverá ocorrer agora no começo de maio, para que possamos voltar às tratativas com o governo federal e viabilizar recursos de operação de crédito, ou de privatização, para começarmos as obras. No momento de crise tão grande como essa, crise econômica, crise política, não dá pra gente pensar em investimentos. Foi o que eu fiz. Eu parei os investimentos pra pagar folha dos servidores públicos em dia, pra pagar a manutenção do Estado, dívidas externas, e agora nós estamos fazendo um trabalho de manutenção das rodovias. E tão logo tenhamos recursos, nós vamos começar um trabalho de reconstrução e de conclusão de rodovias. Recursos que deverão começar a chegar este ano, nós vamos concluir a rodovia de Porangatu a Montividiu do Norte, e também o trecho iniciado em Bonópolis e Cruzeiro.

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SAÚDE EM GOIANÉSIA

Nós temos muitas parcerias com prefeito Jalles (Fontoura). Muitas e boas parcerias. Nossa meta é terminar as estradas que estão iniciadas pra Jucelândia e Codora, pra Malhador, também concluir o Credeq e o AME. E tem muitas outras parcerias. Essas coisas relacionadas a ambulâncias são coisas pequenas, que se o prefeito precisa, tenho todo o interesse de atender. Eu tenho pagado emendas dos deputados sempre que têm essa necessidade de pequenos benefícios como ambulâncias. (a repórter insiste sobre a ambulância). Bem, se o prefeito pedir, eu tenho todo interesse de ajudar, agora ambulância não é responsabilidade de governador, é responsabilidade de prefeitura. Só que eu tenho ajudado prefeitos do Estado interior quando precisam de ambulâncias. Principalmente, quando os deputados põem emendas dentro do orçamento, eu pago. Se o prefeito Jalim, que é meu querido amigo e companheiro precisar de ambulância e me pedir, eu procurarei atender na hora. Tanto a ele, quanto o presidente da Assembleia, o dr. Helio (de Sousa).

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VAPT VUPT CERES

Olha, o Vapt Vupt é um benefício muito grande pra todas as populações aonde ele chega. É um benefício social. É um benefício que resulta na prestação de um serviço de qualidade do por parte do governo estadual, em parceria com órgãos federais e com as administrações municipais. Quando esse benefício chegar a Ceres e Rialma, a população verificará logo a importância de ter um órgão do governo que funciona pra valer, que funciona bem, que atende bem o povo. Onde existe o Vapt Vupt, as pessoas dão uma nota muito alta. O nível de aceitação de Vapt Vupt é de quase 100% em todos os lugares onde estão instalados. É uma inovação que eu trouxe quando comecei o governo em 1999, vai chegar agora em Ceres e Rialma. Nós temos três vezes mais agências em Goiás (com cerca de 7 milhões de habitantes) que em São Paulo (com cerca de 40 milhões de habitantes).

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ANTECIPAÇÃO À CRISE

Minha experiência me levou a enxergar em 2014 que teríamos uma crise sem precedentes na história do Brasil em 2015 e 2016. Ainda em 2014, fiz a maior reforma administrativa da história do Estado. Eliminei cerca de 10 mil cargos comissionados e temporários, diminuí despesas e reduzi o número de secretarias para dez. Todas essas economias me fizeram conseguir atravessar 2015, apesar da maior crise econômica da história do Brasil. Tivemos no Brasil uma retração do PIB de 3,8%. Esse ano não vai ser diferente, talvez melhore um pouco se houver a mudança de governo. Mas nós fizemos o dever de casa, fizemos muita economia. É claro que tivemos de sacrificar investimentos, mas conseguimos manter a folha e as principais obrigações do Estado em dia. Com muito sacrifício. Hoje, passados esses meses todos, a gente vê vários Estados que já estão há dois meses sem pagar funcionário publico. Nós também temos dificuldades, mas estamos conseguindo manter recursos para pagar folha, dívida externa, obrigações de segurança, educação, saúde. Consegui disponibilizar este ano R$ 260 milhões para a manutenção e recuperação de estrada. Com muito sacrifício. O fato é que quando a economia anda pra trás, a primeira coisa que acontece é o povo não consumir, parar de comprar. Faltou dinheiro no bolso e crédito não tem como comprar. Isso diminui a arrecadação de ICMS, que é a maior fonte de receita do Estado. À medida que para o consumo, para a receita. A gente tem de rever todo o planejamento do Estado. Foi o que fiz. Estou fazendo isso com uma equipe econômica muito boa, muito afinada comigo e graças a isso estamos conseguindo atravessar esse deserto de falta de dinheiro.

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IMPEACHMENT

Ainda acho que não há como parar o processo de impeachment. Pelo que temos de informações, ele será admitido no Senado e teremos um novo governo. Eu acho que para este momento é bom que seja assim. Hoje há uma briga muito grande entre Câmara e Presidência da República. Está tudo parado. Nada anda. Não podemos viver num País onde as instituições não funcionam. Muitos projetos dependem do Congresso e outros do governo federal. Se for para melhorar essa situação, tirar o Brasil do atoleiro, é melhor que haja a mudança. E que seja rápida. Porque está tudo parado.

ESTRADAS E POLÍTICA

Já falei muito aqui sobre as estradas, e nesse momento que ainda não temos os recursos para reconstruir, nós estamos trabalhando com a manutenção e conserva. E esse trecho de Jaraguá a Itaguaru é prioridade. Essa estrada já está com o projeto de reconstrução pronto e licitado. Primeiro dinheiro que entrar, nós vamos fazer a reconstrução, como eu fiz de Jaraguá até Goianésia. Quanto à política, eu não quero falar sobre isso ainda. Todo mundo sabe da relação que eu tenho com o deputado Nédio Leite e o quanto ele tem sido importante para Goiás e para Jaraguá como deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa.

LEITOS DE UTI

Há de convir que não consigo me lembrar de tudo. Mas se o deputado Júlio de Retífica tem sempre trazido pedidos aqui muito pertinentes e importantes para a região toda. Se ele disse é porque ele pediu e já deve ter sido encaminhado. Os pedidos do Júlio que são pertinentes eu sempre faço questão de aprovar.

MENINO DAVI

Na vida, e especialmente na vida pública, é preciso ter uma rede de relacionamentos. Eu já estava trabalhando nos últimos dias para resolver a situação do Davi. Falei duas vezes com o governador de São Paulo, que sempre me atende na hora. E ontem fui informado que dependia de uma ligação minha para o presidente do Hospital Israelita Albert Einstein. Liguei, ele me atendeu na hora. Ele conseguiu aprovar no Conselho do Hospital o atendimento ao Davi. A dificuldade é que há um programa no Einstein voltado às crianças que dependem de transplante. E ele já tinha sido transplantado, mas conseguiu aprovação. E o Davi foi hoje, em UTI aérea que o Estado disponibilizou. O fato de eu ter um bom relacionamento com o Dr. Cláudio Lottemberg, presidente do Einstein, me ajudou a resolver essa situação. Também falei com o ministro da Saúde. Ele me atendeu na hora, pedi que enviasse uma solicitação ao Hospital. Enfim, essa rede de relacionamentos que temos aqui no Brasil e no exterior ajuda muito o Estado de Goiás e as pessoas, nessa hora de extrema angústia e necessidade.

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