Gols em longas arrancadas carimbam os gênios

Lucas Reginato _247 - Arrancar desde antes do meio-campo, driblar jogadores do time adversário, tirar o goleiro do lance e marcar o gol não pode ser um golpe de sorte. Esta é uma jogada exclusiva dos grandes craques. Maradona fez assim em 1986, pela Seleção Argentina, contra a Inglaterra. Messi repetiu, em 2007, o feito pelo Barcelona, mesma equipe que defendia Ronaldo quando marcou gol semelhante em 1996. A Vila Belmiro nesta quarta-feira viu algo além – Neymar não fez um, mas dois gols de placa.

As dificuldades para construir uma jogada tão surpreendente são várias, e vão desde ao preparo físico para manter alta velocidade durante mais de cinquenta metros à técnica para não deixar que a bola escape dos pés. Não fosse bastante, é necessário ainda habilidade e visão de jogo para driblar os adversário.

Não restou nada ao Internacional a não ser aplaudir a exibição de gala do craque, que além das duas pinturas marcou o gol de pênalti que abriu o placar. Também Muricy Ramalho, seu treinador, não poupou elogios: “Joguei e trabalhei com muita gente (jogadores) boa, mas ninguém parecido com Neymar”.

Entre as duas obras primas, a joia santista escolheu a primeira arrancada como mais bonita. Foram 65 metros em velocidade, com a bola grudada nos pés. Defensores adversários tentaram cercar, mas ele escapou em direção ao gol e teve frieza para encobrir Muriel.

Belos gols de Neymar estão virando rotina na Vila Belmiro. Nesta quinta-feira, o site oficial do clube recebia os visitantes com a frase “vamos ter que construir uma fábrica de placas na Vila”. Maradona e Ronaldo eram também acostumados a deixar a plateia boquiaberta com seus feitos, mas nenhum deles registrou algo semelhante ao que Neymar aprontou contra o Inter.

Assista aos gols de Maradona, Ronaldo e Messi e a atuação de Neymar contra o Inter: