Governadores oferecem recursos de repatriação em troca de empréstimos
Governadores das regiões Norte e Nordeste tentaram sem sucesso angariar mais recursos por meio de empréstimos do governo federal oferecendo como garantia os recursos que deverão retornar ao país por meio do programa de repatriação; ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, recusou a proposta por considerar a receita incerta; 14 estados correm o risco de decretar estado de calamidade caso a situação fiscal não seja equacionada
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Pernambuco 247 - Os governadores das regiões Norte e Nordeste tentaram sem sucesso angariar mais recursos por meio de empréstimos do Governo Federal. Dentre as propostas para minimizar a situação de crise financeira vivenciada pelo estados, os governadores ofereceram como garantia os recursos que deverão retornar ao país por meio do programa de repatriação.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, recusou a proposta por considerar a receita incerta. Diante da recusa, de acordo com o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, os governadores apelaram para suas bancadas no Congresso para que pressionem o governo Michel Temer a aceitar a proposta sob a alegação de que 14 Estados poderão decretar calamidade pública caso os recursos não sejam viabilizados.
Uma reunião de emergência para discutir o assunto deverá ser marcada ainda esta semana. Os governadores do Norte e do Nordeste reclamam principalmente de não terem obtido vantagens significativas com o acordo de renegociação das dívidas estaduais, que beneficiou sobremaneira os estados do Sul e Sudeste. A avaliação é que quem deve muito acabou sendo melhor aquinhoado do que os que devem pouco.
A situação acaba por colocar o governo Temer em uma saia justa, já que vem sendo utilizando o discurso de que não é o responsável pela crise econômica. Apesar disso, caso nada seja feito, ele poderá herdar o ônus de não ter agido e contribuído para o agravamento da situação.
A receita dos Estados com a repatriação de dinheiro no exterior – cujos valores são estimados em até R$ 70 bilhões - ainda é incerta, já que depende da cobrança de impostos sobre os valores depositados irregularmente no exterior. Ainda não há certeza também se os valores serão de fato repatriados.
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