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Grupo antecipa protesto contra aumento no ônibus

Em manifestação convocada no Facebook, estudantes e demais usuários do transporte coletivo de Goiânia travaram o centro da cidade em passeata contra um possível reajuste no preço das passagens, atualmente em R$ 2,70; Rede Metropolitana de Transporte Coletivo diz que revisão da tarifa não está em discussão no momento; protesto é coordenada por um movimento "autônomo, apartidário e aberto" chamado Frente Contra o Aumento

Grupo antecipa protesto contra aumento no ônibus
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A Redação_ Quem tentou passar pelas imediações da Avenida Goiás na manhã desta quarta-feira, 8, no Setor Central, em Goiânia, precisou de muita paciência com a lentidão do trânsito. O engarrafamento foi causado por uma manifestação realizada por um grupo de usuários do transporte coletivo, principalmente estudantes, da Região Metropolitana de Goiânia na manhã desta quarta-feira (8). O motivo da manifestação é um possível aumento no valor da passagem.

A Rede Metropolitana de Transporte Coletivo da Grande Goiânia (RMTC) rebate informando que os estudantes estão antecipando uma coisa que ainda não existe.

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A manifestação foi marcada por meio do Facebook e é coordenada por um movimento "autônomo, apartidário e aberto" chamado Frente Contra o Aumento. Através do site de relacionamentos foi feita a convocação para manifestações, bloqueios de rua, paralisações de terminais, pulo de catracas, panfletagens e outras "ações necessárias que demonstrem a força, a conscientização e a luta dos usuários".

O grupo protesta também contra a má qualidade do serviço. O movimento afirma que a previsão é que o aumento eleve o preço da passagem, que atualmente é R$ 2,70, para R$ 3,00. A RMTC informou ao jornal A Redação que ainda não houve sequer conversar sobre isso. A assessoria de imprensa explicou que para haver um aumento deve ser feito um estudo que analisa a real necessidade de qualquer alteração na tarifa.

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Para isso são convocados nove membros, entre governo, prefeituras da Grande Goiânia e Assembleia Legislativa que debatem o tema na Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC). Na ocasião, além de um possível reajuste, são debatidos temas como criação e alteração de linhas de ônibus.

Sobre o fato de um possível reajuste no valor da passagem estar relacionado com o aumento concedido aos motoristas que entraram em greve na semana passada, a assessoria explica que o debate é mais complexo. "O aumento de 9% no salário e de 25% no ticket- refeição é um dos pontos analisados na hora de decidir se haverá ou não reajuste. Um os pontos e não o ponto definidor".

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Os manifestantes colocaram fogo em papelões na Avenida Anhanguera, o que resultou na chegada de policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. (Michelle Rabelo, com foto de Danilo Correia)

Veja convite na íntegra:

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R$2,70 já é roubo!

Esse ano as empresas do transporte e seus parceiros “públicos” anunciaram outro aumento da passagem de ônibus. A ideia é que a tarifa aumente para R$3,00! Esse aumento, como todos os aumentos que tivemos nos últimos anos, não se justifica para os usuários do transporte coletivo. Os atrasos e os ônibus superlotados continuam! É mais um aumento para saciar a sede de lucros das grandes empresas que compõem a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo.

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Em 2007, a passagem de ônibus era R$1,80. Em 2012 já chegou a R$2,70. É um aumento de 50% em apenas 5 anos! Mesmo a inflação aumentou apenas 35% de 2007 pra cá… será que houveram tantos custos extraordinários que justifiquem?

O usuário não é bobo: quais são os custos?

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Ninguém sabe o que realmente acontece no transporte público em Goiânia. Quais são os custos das empresas? Quantos ônibus realmente estão circulando? Quanto lucro é gerado com esse serviço de péssima qualidade? Como se justificam os aumentos da passagem na realidade do transporte aqui em Goiânia? Por que esses dados não são publicados e ficam só entre os empresários e os cargos de confiança de políticos com campanhas financiadas pelas próprias empresas do transporte? Para nós, não basta inventar uma fórmula e um ‘compromisso’ entre empresas e políticos. Exigimos a publicação das planilhas de custos e lucros das empresas do transporte público!

Quem decide?

Na Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC) em que se decidem aumentos da passagem, criação e alteração de linhas de ônibus, não há um representante sequer dos usuários e trabalhadores do transporte coletivo! Os aumentos sempre são aprovados por todos os presentes, é só as empresas darem a ordem. Os aumentos anuais, nunca justificados plenamente, são uma das expressões do grande poder que as empresas do transporte exercem diariamente sobre a população usuária do transporte em Goiânia. As linhas são decididas de acordo com as conveniências políticas e necessidades de lucro das empresas. Nos terminais e ônibus as empresas circulam seguranças armados que impõem as regras particulares das empresas nos espaços públicos. Continuaremos aceitando isso? Que democracia é essa em que um punhado de empresários manda e mais de um milhão de usuários e milhares de trabalhadores do transporte só obedecem?

Transporte “público”?

Em Goiânia não há transporte público. O que há é um serviço público que as empresas exploram para o seu lucro, um serviço essencial para conseguir viver na cidade e acessar outros serviços básicos como saúde, educação e lazeres. Não temos sequer um passe livre estudantil para conseguir chegar às escolas e universidades para estudar. Com essa tarifa abusiva, as nossas viagens e os nossos direitos ficam ainda mais limitados pela necessidade de lucro das empresas.

A saída é a luta e a organização!

Nós da Frente Contra o Aumento chamamos a todos os usuários para se organizarem e lutarem contra mais esse aumento abusivo da tarifa! Manifestações, bloqueios de rua, paralisações de terminal, pular catracas, panfletagens e mais todas as ações necessárias que demonstrem a força, a conscientização e a luta dos usuários!

A frente é um movimento autônomo, apartidário e aberto que busca juntar os usuários do transporte contra o aumento da passagem. Todos os grupos e indivíduos que quiserem agir contra o aumento estão convidados a participar! Nossas reuniões são públicas e costumam ser anunciadas nas redes sociais anteriormente.

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