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Guimarães: "Fim do CSF é um golpe para estudantes mais vulneráveis”

Em artigo publicado nesta quarta-feira (5), o deputado federal José Guimarães (PT-CE) classificou o fim do programa Ciência Sem Fronteiras como "um duro golpe na população mais pobre e vulnerável". O líder da minoria na Câmara lembrou que 25% dos estudantes de graduação do programa vêm de famílias com renda mensal de até três salários mínimos. "São pessoas que, sem o programa, jamais teriam a oportunidade de estudar no exterior e aprimorar suas oportunidades", disse, reforçando que o governo Michel Temer "trabalha apenas para os mais ricos, que voltarão a ser os únicos em condições de manter sua posição de hegemonia na sociedade brasileira"

Em artigo publicado nesta quarta-feira (5), o deputado federal José Guimarães (PT-CE) classificou o fim do programa Ciência Sem Fronteiras como "um duro golpe na população mais pobre e vulnerável". O líder da minoria na Câmara lembrou que 25% dos estudantes de graduação do programa vêm de famílias com renda mensal de até três salários mínimos. "São pessoas que, sem o programa, jamais teriam a oportunidade de estudar no exterior e aprimorar suas oportunidades", disse, reforçando que o governo Michel Temer "trabalha apenas para os mais ricos, que voltarão a ser os únicos em condições de manter sua posição de hegemonia na sociedade brasileira" (Foto: Rodrigo Rocha)
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Ceará 247 - O deputado federal José Guimarães (PT-CE) criticou, em artigo publicado em seu site oficial, o fim do programa Ciência Sem Fronteiras. Para ele, mais uma vez, o governo Michel Temer aplicou um duro golpe na população mais pobre e vulnerável, lembrando que 25% dos estudantes de graduação do programa vêm de famílias com renda mensal de até três salários mínimos. “São pessoas que, sem o programa, jamais teriam a oportunidade de estudar no exterior e aprimorar suas oportunidades de concorrer às melhores posições da sociedade brasileira”, afirmou.

Guimarães lembrou ainda que a ciência nacional precisa desse intercâmbio para que os brasileiros possam atingir um nível semelhante aos dos estudantes das melhores universidades do mundo. “Não custa lembrar que a nova economia é baseada inteiramente em conhecimento e informação. E somente com investimentos maciços em educação o Brasil irá conseguir superar a enorme defasagem que tem nas áreas de ciência e tecnologia”.

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Confira o artigo na íntegra: 

"Com o fim do Ciência sem Fronteiras, anunciado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, esta semana, quem mais sofre, como já é regra nesse governo, são os mais pobres e vulneráveis. A inciativa criada pela presidenta Dilma Rousseff em 2011 beneficiou 73,3 mil estudantes de graduação. E, deles, 26,4% são negros, e 25% vêm de famílias com renda mensal de até três salários mínimos. São pessoas que, sem o programa, jamais teriam a oportunidade de estudar no exterior e aprimorar suas oportunidades de concorrer às melhores posições da sociedade brasileira.

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Os dados mostram ainda que mais da metade dos beneficiados pelo Ciência sem Fronteiras vem de famílias com renda de até seis salários mínimos por mês, e 90% estudam em universidades públicas. Dentre os bolsistas, 20% ingressaram em cursos de mestrado ou doutorado ao concluir a graduação, enquanto o índice geral é de apenas 5%. E o ministro ainda tem coragem de vir com a falácia de que o programa “não traz resultados e é muito caro”.

Além dos ganhos para os estudantes, o programa traz benefícios inegáveis para o país. As melhores universidades do mundo, em 54 países, recebiam os brasileiros, e mais de 40% dos participantes realizaram estágios em laboratórios universitários, governamentais e industriais de ponta, o que os levou a ter contato com o que há mais avançado em desenvolvimento científico e tecnológico no planeta.

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A ciência nacional precisa desse intercâmbio para que os pesquisadores brasileiros possam ajudar na solução de problemas locais e globais. Não custa lembrar que a nova economia é baseada inteiramente em conhecimento e informação. E somente com investimentos maciços em educação o Brasil irá conseguir superar a enorme defasagem que tem nas áreas de ciência e tecnologia em relação até mesmo a outros países em desenvolvimento, como Índia e China.

Obviamente, o Ciência sem Fronteiras poderia passar por aperfeiçoamentos, como a instituição de bolsas parciais para estudantes que com renda suficiente para contribuir, ou a adoção de parceria com a iniciativa privada, que já respondia por 25% do financiamento do programa. Mas não poderia jamais ser eliminado.

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O fim das bolsas acadêmicas no exterior representa um retrocesso inaceitável. Mais uma vez esse governo ilegítimo deixar claro que trabalha apenas para os mais ricos, que voltarão a ser os únicos em condições de estudar em outros países e, com isso, manter sua posição de hegemonia na sociedade brasileira.

José Guimarães -  Advogado, deputado federal (PT-CE), líder da Minoria na Câmara"

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