Historiador Daniel Aarão lança 2 livros em Goiânia
Professor da Universidade Federal Fluminense diz que ditadura durou 15 anos e vê dimensão civil no golpe de 1964; em evento que acontece nesta quinta-feira (13), a partir de 18h, na Livraria Nobel do Shopping Bougainville, Aarão apresenta as obras “Ditadura e democracia no Brasil” e “A ditadura que mudou o Brasil”
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Goiás247_ Professor da Universidade Federal Fluminense (RJ), o historiador Daniel Aarão Reis Filho lança, nesta próxima quinta-feira, 13 de março, a partir de 18h, na Livraria Nobel, Shopping Bougainville, em Goiânia, os livros “Ditadura e democracia no Brasil” (2014), Editora Zahar, 192 páginas, e “A ditadura que mudou o Brasil” (2014), também pela Zahar, 267 páginas.
Autor de “Imagens da Revolução” (1985), “1968: a paixão de uma utopia” (1988) e de “A Revolução faltou ao Encontro” (1991), ele afirma que a ditadura teria sido civil e militar, não apenas militar. Mais: garante que o regime instalado em 31 de março de 1964, com a deposição do então presidente da República, João Goulart, durou quinze anos e não 21, como se convencionou.
Polêmico, o pesquisador do CNPQ revela que a sociedade brasileira, que deu até 72% de aprovação em pesquisa de opinião pública ao general-presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), não se identificou com o projeto de luta armada. Não custa lembrar: Ação Libertadora Nacional (ALN), MR-8, VAR-Palmares, Vanguarda Popular Revolucionária recorreram às armas.
O autor de “Ditadura e democracia no Brasil” analisa ainda que o regime civil e militar executou um programa nacional-estatista, que havia sido inaugurado durante o Estado Novo, que ele classifica como uma “ditadura” [Do Pai dos Pobres, Getúlio Vargas]. Daniel Aarão Reis Filho lança, em novembro de 2014, pela Companhia das Letras, a biografia de Luiz Carlos Prestes.
Especialista em História Contemporânea, ele é estudioso de 1964 e dos projetos revolucionários das esquerdas no Brasil, das aventuras e tragédias do socialismo mundial e das revoluções do século XX. O historiador participa de filmes-documentários como “Cidadão Boilesen”, de Chaim Litewski; Hércules 56, de Silvio Da-Rin; Diário de uma busca, de Flávia Castro, entre outros.
Revolução
Nos anos de chumbo e de ouro da ditadura civil e militar, ele compôs o MR-8 [Movimento Revolucionário Oito de Outubro], ao lado de Franklin Martins. É um dos ideólogos da captura – o autor não usa o termo sequestro, que tipifica como crime comum – do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, em 1969, o liberal Charles Burke Elbrick, ocorrido dia 4 de setembro daquele ano.
Exilado, passou por Cuba, Chile [De Salvador Allende], México, França e Moçambique. Ele foi companheiro de Athos Magno, Juarez Ferraz de Maia, Lenine Bueno e de José Duarte. Com a Lei de Anistia, retornou ao Brasil. Memória: no dia do lançamento de seus dois livros completam-se exatos 50 anos do comício de Jango, no Rio, para 350 mil pessoas, pelas “reformas de base”.
Serviço:
Lançamento: “Ditadura e democracia no Brasil” (2014), Zahar, 192 páginas, e “A ditadura que mudou o Brasil” (2014), Zahar, 267 páginas
Autor: Daniel Aarão Reis Filho
Local: Livraria Nobel, Shopping Bougainville
Horário: 18h
Entrada: Franca
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