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Investigador de ética da Fifa renuncia por reação a relatório das Copas de 2018 e 2022

“Agora parece que, pelo menos no futuro previsível, a Decisão Eckert permanecerá como a palavra final sobre o processo de seleção das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022”, afirmou Garcia em uma nota, acrescentando que um novo apelo ao Tribunal Arbitral do Esporte seria impraticável

FIFA COPA DO MUNDO 2010 (Foto: Luis Mauro Queiroz)
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Por Brian Homewood

MARRAKECH, Marrocos (Reuters) - O investigador de ética da Fifa, Michael Garcia, renunciou nesta quarta-feira em protesto pela maneira como seu relatório sobre as candidaturas das Copas de 2018 e 2022 foi tratado por Hans-Joachim Eckert, o juiz de ética da entidade.

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Garcia disse ter perdido a confiança na independência da Câmara Adjucatória do Comitê de Ética depois de um comunicado de 42 páginas emitido por Eckert, baseado no documento ainda secreto de Garcia, em novembro.

Em comentários que devem representar mais um golpe na credibilidade da Fifa para policiar a si mesma, Garcia também afirmou que o organismo carece de liderança.

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O presidente da Uefa, Michel Platini, membro do Comitê Executivo da Fifa, declarou que a renúncia de Garcia é um passo para trás.

“O Comitê de Ética da Fifa foi criado para aumentar a transparência da organização, é isso que queríamos, mas no final só causou mais confusão para a Fifa”, disse o francês em um comunicado.

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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, acrescentou: “Estou surpreso com a decisão do senhor Garcia. O trabalho do Comitê de Ética irá continuar, entretanto, e será uma parte central das discussões da reunião do Comitê Executivo nos próximos dois dias”.

O relatório de Garcia, ex-promotor dos Estados Unidos, examinou as alegações de corrupção na concessão dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Catar, respectivamente.

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Garcia apelou do comunicado de Eckert, dizendo que ele contém colocações equivocadas, mas o recurso foi declarado inadmissível pela Fifa na terça-feira.

 

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PALAVRA FINAL

“Agora parece que, pelo menos no futuro previsível, a Decisão Eckert permanecerá como a palavra final sobre o processo de seleção das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022”, afirmou Garcia em uma nota, acrescentando que um novo apelo ao Tribunal Arbitral do Esporte seria impraticável.

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“Nenhum comitê independente de governança, investigador ou conselho de arbitragem pode mudar a cultura de uma organização. E embora a Decisão Eckert de 13 de novembro de 2014 me tenha feito perder a confiança na independência da Câmara Adjucatória, é a falta de liderança nestes assuntos dentro da Fifa que me leva a concluir que meu papel neste processo chegou ao fim”.

O comunicado do juiz alemão Eckert argumentou não haver indícios suficientes para justificar a reabertura do processo de escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.

Em sua declaração desta quarta-feira, Garcia afirmou que seu relatório “identificou questões sérias e abrangentes a respeito do processo de candidatura e seleção”.

Ele ainda disse que o Comitê Executivo da Fifa chamou sua atenção por pedir publicamente ao organismo que autorizasse a publicação de seu inquérito.

O Comitê Executivo, que se reunirá em Marrakech, sede do Mundial de Clubes nesta semana, deve debater uma proposta do alemão Theo Zwanziger para permitir a divulgação do relatório de Garcia na íntegra.

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