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João cria mesa de negociação, mas não resolve greve dos médicos

Principal pleito das categorias - e reivindicação central da paralisação dos médicos -, a mudança na data-base, estabelecida até o ano passado em janeiro, é tema superado pelo prefeito; ou seja, abre-se um canal de negociação, mas já com demandas proibidas; enquanto isso, greve dos médicos inviabiliza postos de saúde

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Valter Lima, do Sergipe 247 – O prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), recebeu, nesta sexta-feira (3), representantes de várias categorias de servidores da administração municipal, atendendo uma solicitação dos sindicatos, para discutir o reajuste de 5% e a mudança na data-base. Do encontro, a única novidade foi a criação de uma mesa de negociação, que deverá ser regulamentada em lei.

No entanto, durante o encontro, não se ouviu qualquer declaração em relação à greve dos médicos, que completou uma semana na sexta. A classe reivindica o pagamento do retroativo salarial ao mês de janeiro. Sobre a mudança na data-base, João disse aos sindicalistas que “pela lei não existe a obrigatoriedade para o pagamento retroativo ao primeiro mês do ano”. “Gostaria de dar um reajuste salarial maior e até mesmo pagar a diferença referente ao mês de janeiro, mas infelizmente não podemos”, informou.

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Ou seja, se está diante de um impasse, pois, mesmo que a criação de uma mesa de discussões com os servidores seja positiva, regredir ao formato anterior de data-base (estabelecida no mês de maio) é considerado muito negativo pelos sindicatos, pois se constitui na retirada de um direito conquistado recentemente.

Neste sentido, abrir um canal institucionalizado de negociação, mas já em seu nascedouro, reforçando a suspensão de um benefício, mostra que a prefeitura não está tão aberta ao diálogo como quer fazer parecer. E isto fica comprovado na pouca habilidade demonstrada, até o momento, em resolver a paralisação dos médicos.

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Prioridade anunciada em período eleitoral, a Saúde continua sendo um gargalo, sem sinal de melhorias. Na verdade, com a greve, os postos estão praticamente inviabilizados. Além disso, a suspensão do serviço de enfermaria de pediatria do Hospital da Zona Sul pode ser considerada um retrocesso, pois reduz as opções de atendimento aos que carecem do serviço público municipal. O sindicato teme que os leitos do Hospital Santa Izabel (único que funcionará com o serviço de pediatria) não sejam suficientes para atender a demanda da capital.

Passados quatro meses da nova administração de Aracaju, fica cada vez mais claro que uma coisa é a promessa da campanha eleitoral, outra coisa é a realidade do dia-a-dia na lida com todos os problemas da capital. Para além do programa “Prefeitura nos Bairros” e do anúncio da reforma de algumas praças, João ainda não imprimiu uma marca à sua gestão. Na verdade, na visão dos servidores, ele já conseguiu este feito: retirar direitos concedidos pelo prefeito anterior. Definitivamente, não é um bom começo.

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Foto: Sérgio Silva

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