Jogo das Estrelas capta R$ 8,8 milhões, e doa R$ 400 mil
Com o apoio da Lei de Incentivo ao Esporte, evento organizado pela empresa Golden Goal contou com a presena de craques como Zico, Neymar e Ronaldo; brecha na lei transformou clubes de futebol nos maiores beneficirios dos incentivos governamentais
247 – Quem chama atenção para o fato é o jornalista José Cruz, em seu blog, hospedado no Uol. O Jogo das Estrelas, realizado no último domingo sob o pretexto de fazer caridade, contou pela primeira vez com o apoio do governo federal, e arrecadou muito mais do que doou.
Segundo o site da Lei de Incentivo ao Esporte, a empresa Golden Goal, que realizou o jogo, captou R$ 8.840.550,00, doados por empresas do grupo Bradesco – Cia. de Seguros, Capitalização, Saúde e Vida e Previdência. Mas a empresa de marketing esportivo do Rio de Janeiro informou apenas que a Bradesco Seguros “disponibilizou R$ 400 mil”, dinheiro que seria “destinado a instituições de caridade”.
A captação de uma empresa de marketing por meio de uma legislação idealizada para incentivar a prática esportiva só é possível graças a uma emenda que aumentou a amplitude da Lei de Incentivo ao Esporte no momento de sua aprovação no Congresso Nacional, em 2006. Graças à mudança de última hora, os clubes de futebol do país se tornaram seus maiores beneficiários.
A perversão do projeto, que passou a atender instituições que possuem outras fontes de recurso, também se revela no automobilismo. O projeto da equipe brasileira para participar do rally Paris-Dakar captou R$ 13,1 milhões por meio da lei.
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