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Kátia Abreu critica taxa de juros do Plano Safra de Temer

Ex-ministra da Agricultura diz que o juro para o crédito ao agricultor anunciado nesta quarta-feira 7 pelo governo Temer "é incompatível com a realidade"; segundo a senadora, o orçamento anunciado para o setor deve acabar sendo reduzido em relação a 2016; "Eu lancei R$ 202 bilhões e foram executados R$ 189 bilhões. A [verba] deste ano pode chegar a R$ 170 bilhões", afirmou

Ex-ministra da Agricultura diz que o juro para o crédito ao agricultor anunciado nesta quarta-feira 7 pelo governo Temer "é incompatível com a realidade"; segundo a senadora, o orçamento anunciado para o setor deve acabar sendo reduzido em relação a 2016; "Eu lancei R$ 202 bilhões e foram executados R$ 189 bilhões. A [verba] deste ano pode chegar a R$ 170 bilhões", afirmou (Foto: Gisele Federicce)
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247 - A senadora e ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu (PMDB-TO) criticou a taxa de juros do Plano Safra anunciado nesta quarta-feira 7 pelo governo Michel Temer. Segundo ela, o juro anunciado para o crédito ao agricultor "é incompatível com a realidade".

Kátia avalia que o orçamento anunciado para o setor deve acabar sendo reduzido em relação a 2016. "Eu lancei R$ 202 bilhões e foram executados R$ 189 bilhões. A [verba] deste ano pode chegar a R$ 170 bilhões", afirmou.

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Ela fez ainda uma crítica ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "O senhor Henrique Meirelles tem que tirar pelo menos 1 olho de São Paulo, onde canta em prosa o crescimento do Brasil de 1% às custas e às costas da agricultura brasileira, e olhar para o campo", afirmou.

Leia mais sobre os detalhes do plano na reportagem da Agência Brasil:

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Governo anuncia R$ 190,25 bilhões para Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018

Pedro Peduzzi – O governo federal anunciou na manhã de hoje (7) R$190,25 bilhões em recursos para o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018. Apesar do contingenciamento feito em diversas pastas, o valor supera os R$ 185 bilhões disponibilizados para o período entre julho de 2016 e junho de 2017. O anúncio foi feito pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, em cerimônia no Palácio do Planalto.

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De acordo com o ministério, o volume de crédito para custeio e comercialização ficará em R$ 150,25 bilhões. Deste total, R$ 116,25 bilhões com juros e taxas fixados pelo governo. Outros R$ 34 bilhões serão disponibilizados a juros livres, por meio de negociações envolvendo as instituições financeiras e o produtor.

"O setor agrícola colocou mais de 13% no PIB deste trimestre", disse Maggi ao iniciar seu discurso. "Muitos me questionam sobre o fato de o Brasil ser um país de vendas de commodities. Eu discordo ao associar isso ao setor agrícola. O setor ferroso é, a meu ver, extrativista. Mas quando vendemos nossos produtos [agrícolas e pecuários] nós vendemos tecnologias de muitos e muitos anos. O Brasil não seria o produtor de alimentos que é hoje sem os conhecimentos tecnológicos que tem hoje. O Brasil vende muito conhecimento e estudo desenvolvido em cada tonelada", completou.

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Segundo o Mapa, os juros cobrados sofreram redução de um ponto percentual ao ano nos "programas prioritários" voltados à armazenagem e à inovação tecnológica na agricultura – ligados ao Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), e ao Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), respectivamente. A taxa cobrada nesses dois programas é a mesma: 6,5% ao ano. Os juros cobrados para o custeio caíram de 8,5% e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%.

O Inovagro tem entre seus objetivos financiar equipamentos de agricultura de precisão e terá, à sua disposição, R$ 1,26 bilhão em recursos, com limite de R$ 1,1 milhão por produtor. Ainda no âmbito deste programa, será disponibilizada uma linha de crédito para facilitar a conectividade no campo, em ações para informatizar e dar acesso à internet às propriedades rurais.

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O governo estima que a produção agrícola aumente no período e fique em 232 milhões de toneladas de grãos: um aumento de 24,3% na comparação com a safra 2016/2017. Para dar conta desse aumento na safra, serão disponibilizados R$1,6 bilhão em recursos para investimento em armazenagem.

Inicialmente, o Mapa informou que o valor total do plano seria de R$188,3 bilhões. O reajuste de última hora se deve a mais recursos para comercialização e seguro agrícola. "Nós falamos [inicialmente] em R$ 188 bilhões, mas o número correto é maior porque tem R$ 550 milhões disponíveis para o seguro rural e R$ 1,4 bilhão para comercialização", disse o ministro.

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Médio produtor

O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá R$21,7 bilhões em recursos a uma taxa de juros de 7,5% ao ano. Médios produtores rurais terão R$ 18 bilhões à disposição para custeio e R$ 3,7 bilhões em investimentos.

Uma das novidades desta versão do Plano Agrícola e Pecuário está a retomada de linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) para a renovação de canaviais. Serrão R$1,5 bilhão em recursos.

Já Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) contará com R$ 9,2 bilhões em recursos. Para a compra de máquinas e implementos agrícolas haverá um limite de 90% do valor financiado, com prazo de pagamento de 7 anos.

O limite de financiamento de custeio será de R$ 3 milhões por produtor, por ano-agrícola, informa o Mapa. Para o médio produtor, o limite será de R$ 1,5 milhão, com um prazo de pagamento é de 14 meses para produtores de grãos.

Além disso o governo anunciou que está ampliando a abrangência de finalidades financiadas com a fonte Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). A expectativa é que se atinja um montante de R$ 27,3 bilhões com essa fonte, para financiamento da cadeia do agronegócio.

O produtor poderá contar com R$ 550 milhões do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), em 2018. Outros R$1,4 bilhão serão disponibilizados para apoio à comercialização.

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