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Le Monde destaca “confissões” de Bia Doria, primeira-dama de SP

De acordo com o Le Monde, Bia Doria, mulher do prefeito eleito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), se considera "do povo" e deixa transparecer uma visão machista e ultrapassada da mulher brasileira; periódico francês analisou entrevista recente de e Bia Doria á imprensa brasileira e constatou que "madame Bia" não esconde seu desconhecimento total dos bairros populares de São Paulo, compara a favela de Paraisópolis, na zona sul da cidade, à Etiópia, além de se considerar como uma mulher do povo; "Eu me sinto como Evita Péron, eu me sinto do povo", disse 

De acordo com o Le Monde, Bia Doria, mulher do prefeito eleito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), se considera "do povo" e deixa transparecer uma visão machista e ultrapassada da mulher brasileira; periódico francês analisou entrevista recente de e Bia Doria á imprensa brasileira e constatou que "madame Bia" não esconde seu desconhecimento total dos bairros populares de São Paulo, compara a favela de Paraisópolis, na zona sul da cidade, à Etiópia, além de se considerar como uma mulher do povo; "Eu me sinto como Evita Péron, eu me sinto do povo", disse  (Foto: Paulo Emílio)
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Carta MaiorO jornal francês Le Monde analisa a entrevista da mulher do novo prefeito de São Paulo, João Doria Jr, à "Folha de S. Paulo". De acordo com o Le Monde, Bia Doria se considera "do povo" e deixa transparecer uma visão machista e ultrapassada da mulher brasileira. Declarações que trazem à tona as desigualdades da sociedade brasileira.

Segundo Le Monde, a crise e a decepção do Brasil com as elites levaram a população a se "consolar" com temas mais levianos, como a "paixão" pelas primeiras-damas. Um dos exemplos, cita o diário, é o debate sobre os vestidos de Marcela Temer, a mulher do novo presidente. A política do espetáculo, lembra o jornal francês, agora tem uma nova representante: Bia Doria, descrita pelo Le Monde como artista de fino-trato, ecologista chique e especialista em esculturas de madeiras.

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Na entrevista concedida à Folha, diz o Le Monde, "madame Bia" não esconde seu desconhecimento total dos bairros populares de São Paulo, compara a favela de Paraisópolis, na zona sul da cidade, à Etiópia, e se apresenta como uma mulher do povo. "Eu me sinto como Evita Péron, eu me sinto do povo", disse a primeira-dama na entrevista, garantindo que, muitas vezes, para consolar os mais pobres, "basta um abraço."

Primeira-dama vira piada nas redes sociais

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Nas redes sociais, Bia Doria virou motivo de piada. O jornal satírico "O Sensacionalista" divulgou uma "epidemia de náusea no café da manhã" com a leitura da entrevista. E há quem sugira que o governo instaure uma política de redução das desigualdades distribuindo abraços e apertos de mão.

O antropólogo Stéphane Malysse, professor da USP, entrevistado pelo jornal, vê em Bia Doria "o retrato da classe AAA, dos ultrarricos que viajam de helicóptero para evitar engarrafamento".

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Divisão maniqueísta da sociedade

Para o jornal, personagens como Marcela Temer e Bia Doria, retratos mais do que arcaicos da mulher brasileira, trazem à tona a divisão da sociedade brasileira depois da destituição da presidente Dilma Rousseff. É uma estratégia que revolta os progressistas e os jovens, mas revela um maniqueísmo evidente. Hoje no Brasil, diz Le Monde, a esquerda se opõe à direita, o passado ao futuro e os pobres aos ricos.

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"A queda de Dilma, a descida ao inferno de Lula e a crise do PT, que pela primeira vez tentou romper as castas sociais no Brasil, oferecendo dignidade aos mais modestos, são percebidos como uma manobra da Casa Grande, a elite brasileira cuja única preocupação é preservar sua renda. Madame Doria defendeu, com doçura, sem dúvida, o discurso típico dos ricos que tomam conta de seus empregados, com quem mantém uma relação meio paternalista, meio humilhante."

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