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Leucemia. Curas espetaculares com o uso de “células assassinas”

Dois pacientes sofrendo da forma mais comum de leucemia, tratados com suas próprias células geneticamente modificadas, estão em remissão completa após um ano. 

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Por Sandrine Cabut – Le Figaro

 

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A luta contra uma leucemia com as próprias células do paciente, geneticamente modificadas. Esta abordagem sedutora acaba de obter resultados espetaculares na leucemia linfócita crônica (LLC), a forma mais comum dos cânceres do sangue. Quase um ano depois, dois dos três pacientes tratados em um estágio avançado de sua doença estão em remissão completa,. É o que revelam Carl June (Universidade da Pennsilvânia, Filadélfia) e seus colegas em matéria publicada simultaneamente há pouco mais de um mês em duas prestigiosas revistas médicas, New England Journal of Medicine e Science Translational Medicine.

Células imunes reprogramadas e re-injetadas nos pacientes agiram como verdadeiras «serial killers”(assassinas em série) em relação às células doentes, avaliam os pesquisadores. Estes resultados ainda precisam ser confirmados com um distanciamento no tempo e uma amostragem mais importante de pacientes participantes do teste, mas, desde já, eles validam o princípio das imunoterapias focadas que visam estimular as defesas imunológicas e orientá-las especificamente para destruir certos tumores.

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Excesso de produção dos linfócitos B (os glóbulos brancos que fabricam os anticorpos), a leucemia linfóide crônica é principalmente uma doença de pessoas idosas. Ela representa mais de 40% das leucemias das pessoas com mais de 65 anos de idade, ou seja, alguns milhares de casos por ano apenas na França. As formas em estágio inicial da doença, bastante frequentes, não necessitam desse tratamento. Uma quimioterapia ou um transplante de medula óssea são indicados nas formas mais avançadas.

Linfócitos modificados pela ação de um virus

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Os três pacientes incluídos no estudo norte-americano tinham, neste caso, leucemias que já não respondiam mais às quimioterapias. Os pesquisadores coletaram seus linfócitos T – outro tipo de glóbulos brancos envolvidos na resposta imunológica humana. Eles foram geneticamente modificados com o auxílio de um vírus, para que proliferassem e atacassem seletivamente os linfócitos B e assim sendo, as células cancerígenas. Foram em seguida reinjetados nos pacientes. «No organismo deles, o número de linfócitos T modificados foi rapidamente multiplicado pelo menos por 1000. Nenhum medicamento consegue fazer isso”, escreve o Dr. June. “Cada uma dessas células se comportou como uma assassina em série, eliminando milhares de células cancerígenas. No total, cerca de um quilo de tumor foi destruído em cada paciente.» Alguns apresentaram sintomas bastante violentos (febre, náuseas…) depois de três semanas, devidos à destruição maciça de células tumorais. Acima de tudo, a ação antitumoral foi mantida ao longo do tempo, uma vez que dois dos três pacientes ainda estavam em remissão onze meses depois. O terceiro teve uma recaída de forma atenuada após quatro meses.

Meios importantes

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Agora, os pesquisadores planejam testar esta mesma estratégia em outras leucemias e outros tipos de câncer: ovário, pâncreas e pleura. «Trata-se de um trabalho interessante, que se inscreve nas abordagens de imunoterapias direcionadas, desenvolvidas nestes últimos 10-20 anos», comenta o Dr. Felipe Suarez (departamento de hematologia do Hospital Necker, Paris). Este especialista entretanto observa que a técnica desenvolvida pela equipe norte-americana necessita de implementação de meios significativos, uma vez que é preciso preparar o tratamento para cada paciente. Um inconveniente que outras estratégias concorrentes, entre elas a dos anticorpos monoclonais, não apresentam.

 

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