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Libertados 83 internos de "clínica de tortura"

Dependentes químicos viviam em condições sub-humanas em duas unidades da Clínica Vida Nova, em Goiatuba, no interior de Goiás; “As pessoas eram mantidas em cárcere privado e sofriam torturas, eram privadas de alimentação e recebiam choques elétricos. Como forma de punição, elas eram obrigadas a cavar um buraco onde tinham que permanecer às vezes por dias”, disse o delegado Gustavo Carlos Ferreira; três responsáveis pelos estabelecimentos foram detidos e vão responder pelos crimes de tortura, lesão corporal, falsificação de medicamentos, sequestro e cárcere privado; ação integra a Operação Dilúvio, que resultou na prisão de outras 76 pessoas em Goiás, entre elas 18 policiais militares

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Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil

A Polícia Civil de Goiás libertou nesta quinta-feira (9) 83 dependentes químicos que viviam em condições sub-humanas em duas clínicas de recuperação que, segundo a corporação, funcionavam irregularmente em Goiatuba (GO), a cerca de 180 quilômetros da capital do estado, Goiânia. Deflagrada hoje, a Operação Dilúvio também resultou na prisão de 76 pessoas, entre elas 18 policiais militares.

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Segundo o delegado de Goiatuba, Gustavo Carlos Ferreira, as duas unidades da Clínica Vida Nova vinham sendo investigadas desde setembro de 2012. Três responsáveis pelos estabelecimentos foram detidos e vão responder pelos crimes de tortura, lesão corporal, falsificação de medicamentos, sequestro e cárcere privado.

“As pessoas eram mantidas em cárcere privado e sofriam torturas, eram privadas de alimentação e recebiam choques elétricos. Como forma de punição, elas eram obrigadas a cavar um buraco onde tinham que permanecer às vezes por dias”, disse o delegado à Agência Brasil, afirmando que quase todos os 83 pacientes das clínicas apresentam lesões graves e vão ser submetidos a exame de corpo de delito.

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Ainda de acordo com o delegado, as clínicas se mantinham com dinheiro pago pelos parentes dos internos. De acordo com Ferreira, os familiares eram, inicialmente, impedidos de visitar os pacientes. Quando as visitas eram enfim liberadas, costumavam ser monitoradas por funcionários a fim de, segundo o delegado, impedir que os pacientes denunciassem os maus-tratos.

A Agência Brasil não conseguiu contactar nenhum representante da clínica. Procurado pela reportagem, o secretário municipal de saúde, Gabriel Saleiros, disse que não tinha conhecimento das denúncias envolvendo os estabelecimentos, mas garantiu que já havia notificado a promotoria do Ministério Público de Goiás (MP-GO) de que a clínica não tinha autorização da Vigilância Sanitária para funcionar.

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“Eu não conheço a clínica e só soube da ação policial por meio da imprensa. Vou me reunir com o prefeito e com outros secretários e vamos ver se há alguma providência a tomar. No que cabe à prefeitura, a Vigilância Sanitária inspecionou o local e constatou que não tinha o alvará. Eu mesmo notifiquei o Ministério Público, que garantiu que iria tomar as providências”, declarou o secretário à Agência Brasil.

Apesar da notificação ao Ministério Público, a Polícia Civil de Goiás acredita que não houve omissão por parte do MP-GO. “Nós nos antecipamos”, disse o delegado.

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