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Lobistas deram tudo que Alstom quis em São Paulo

Negócios considerados estratégicos pela multinacional francesa foram fechados com o Metrô e a CPTM, em São Paulo, levando a empresa a atingir 100% de suas metas e alcançar um rendimento de R$ 1,5 bilhão, valor ainda maior do que previu o ex-presidente José Luiz Alquéres; tudo graças ao lobista Arthur Teixeira, apontado como mediador do pagamento de propinas nos governos tucanos de Mário Covas e Geraldo Alckmin; ele fechou quatro grandes contratos para reforma e entrega de novos trens e sinalização para o metrô; e a Alstom, que ia mal das pernas na divisão de transporte, pôde se recuperar

Negócios considerados estratégicos pela multinacional francesa foram fechados com o Metrô e a CPTM, em São Paulo, levando a empresa a atingir 100% de suas metas e alcançar um rendimento de R$ 1,5 bilhão, valor ainda maior do que previu o ex-presidente José Luiz Alquéres; tudo graças ao lobista Arthur Teixeira, apontado como mediador do pagamento de propinas nos governos tucanos de Mário Covas e Geraldo Alckmin; ele fechou quatro grandes contratos para reforma e entrega de novos trens e sinalização para o metrô; e a Alstom, que ia mal das pernas na divisão de transporte, pôde se recuperar (Foto: Gisele Federicce)
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247 – Graças ao conluio entre empresas, ao pagamento de propinas a funcionários públicos e políticos do PSDB e, principalmente, ao trabalho de um lobista, a Alstom conseguiu fechar todos os negócios considerados por ela estratégicos com o governo de São Paulo. De quatro grandes contratos, dois foram combinados entre empresas e deram à multinacional francesa um rendimento de R$ 1,5 bilhão, mais alto do que o esperado.

Um email citado pela reportagem da Folha de S.Paulo nesta segunda-feira 28 descreve uma mensagem do ex-presidente da Alstom José Luiz Alquéres, ressaltando a importância de quatro negócios específicos em São Paulo, referentes à reforma e o fornecimento de novos trens para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o sistema de sinalização para a linha 2 do Metrô. A expectativa de Alquéres era conseguir um faturamento de R$ 900 milhões (em valores da época, hoje R$ 750 milhões).

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Acusado de ser o intermediador do pagamento de propinas, o lobista Arthur Teixeira, que atuou junto com o então diretor de transportes Paulo Borges, foi responsável pelo alcance de 100% das metas da empresa, que ia mal das pernas na divisão de transporte. O email de Alquéres, escrito em 2004, revelava que a companhia só havia atingido 11% das metas nos últimos oito meses. As propinas e o conluio com os governos da época – Mário Covas e Geraldo Alckmin, do PSDB – garantiram essa recuperação.

Os métodos usados para conseguir os serviços solicitados pelas empresas do governo paulista foram: combinação de preços entre os concorrentes antes da licitação, divisão de lotes e o acordo de que as companhias derrotadas seriam subcontratadas pelas vencedoras. O resultado das concorrências eram conhecidos pela diretoria dos participantes antes mesmo que o Metrô e a CPTM os tornassem públicos. A Alstom esclareceu à Folha que os contratos foram fechados por meio de licitação em que "são sempre respeitados os marcos legais aplicáveis".

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