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Lula justifica alianças: “Gostaria que a esquerda tivesse mais força”

Em entrevista coletiva no Recife nesta sexta-feira (25), o ex-presidente Lula buscou justificar a formação de alianças políticas para vencer eleições e governar; "Acho que é importante que o movimento social e a esquerda se preocupem com isso. Quando um partido como o PT procura fazer alianças políticas, só procura fazer essas alianças porque tem clareza de que, sozinho, não ganha as eleições, e, se ganhar, não tem como governar se não tiver maioria no Congresso Nacional. Esse é o dado concreto", diz Lula; assista acima 

Em entrevista coletiva no Recife nesta sexta-feira (25), o ex-presidente Lula buscou justificar a formação de alianças políticas para vencer eleições e governar; "Acho que é importante que o movimento social e a esquerda se preocupem com isso. Quando um partido como o PT procura fazer alianças políticas, só procura fazer essas alianças porque tem clareza de que, sozinho, não ganha as eleições, e, se ganhar, não tem como governar se não tiver maioria no Congresso Nacional. Esse é o dado concreto", diz Lula; assista acima  (Foto: Aquiles Lins)
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Rede Brasil Atual - Em entrevista coletiva concedida à imprensa alternativa de Pernambuco na manhã desta sexta-feira (25), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscou justificar a formação de alianças políticas para vencer eleições e governar. Questionado sobre a presença de Renan Calheiros em eventos públicos da caravana em Alagoas e a respeito de um eventual apoio a Katia Abreu no Tocantins, ele defendeu a aproximação, ressaltando que composições similares puderam viabilizar diversas iniciativas em seus dois mandatos.

"Acho que é importante que o movimento social e a esquerda se preocupem com isso. Quando um partido como o PT procura fazer alianças políticas, só procura fazer essas alianças porque tem clareza de que, sozinho, não ganha as eleições, e, se ganhar, não tem como governar se não tiver maioria no Congresso Nacional. Esse é o dado concreto."

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"Não quero ter um partido que faça como o Partido Comunista italiano fez durante 30 anos. Era o melhor PC do ocidente, mas não passava dos 30%. Aqui no Brasil, para ganhar, tem que ter 50% mais um", exemplificou Lula. "Posso ser como fui em 89, 94, 98, como candidato de esquerda, e a gente ficava com 24%, 28%, 30%. Em 2002, disse ao PT que não seria candidato para fazer 30%, queria ser candidato para ganhar. Então, tenho que procurar onde estão os outros 20%, e fui procurar no Zé Alencar, que representava um setor empresarial importante – um homem altamente digno e decente –, e conseguimos ultrapassar a barreira dos 50%."

Lula falou a respeito da necessidade de organização para que o campo progressista consiga obter mais cadeiras no parlamento. "O povo, as entidades, o movimento sindical, a CUT, os sem-terra, sem-teto, estudantes, mulheres, LGBTs, todos têm que pensar o seguinte: se todo mundo se organizar e tiver capacidade de fazer com que a gente eleja uma maioria de deputados comprometidos com algumas transformações, não precisa fazer aliança", defendeu. "Tenho que construir uma maioria para votar. Não posso conversar com suplente, que não tem voto. Não posso conversar com o cara bom, que não foi eleito. Tem um cara de direita que eu não gosto, mas tem voto."

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O ex-presidente ressaltou, entretanto, que aumentar a representação no Congresso Nacional não é tarefa fácil. "As mulheres são 52% da população. Como é que a gente vai construir uma narrativa para que elas participem da vida política e sejam eleitas? Sabendo que tem mulher de direita, reacionária, ainda tem que convencer o povo a votar nas progressistas. Aí é que começam as dificuldades", exemplificou. "Quando criei o PT, imaginei que trabalhador votava em trabalhador. Não é assim. Negro vota em negro, homossexual em homossexual... Não é assim. O voto não é automático, não tem equação matemática. O voto é um despertar de consciência da sociedade."

Na entrevista, Lula ainda justificou alianças feitas no passado, por exemplo, com a família Sarney no Maranhão. "Sou grato ao Sarney. É importante dizer. Sou grato a ele como presidente do Senado. Tinha um tempo em que as pessoas queriam que eu rompesse com o Sarney, aí eu ia ganhar de presente o Marconi Perillo. Ora... Vai deixar de ter um tubarãozinho manso, para ter um tubarão novo mordendo até o pé?", questionou. "Tem que medir essas decisões em cada momento. Não precisa fazer acordo definitivo, pode fazer acordos pontuais, em cima de cada projeto."

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"Gostaria que a esquerda tivesse mais força, que o PCdoB elegesse 50 deputados, que o Psol elegesse 50, o PSTU elegesse 50, que a esquerda do PMDB elegesse 80. Eu queria, mas é o seguinte: quem vota é o eleitor. Quando o eleitor vota, temos que nos subordinar ao desejo das urnas", disse.

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