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Lula vem ao Recife para brecar pretensão do PSB

Em meio às articulações do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), visando às eleições presidenciais de 2014, o ex-presidente Lula, cacique-mor do PT, virá ao Recife (PE) com o objetivo de fortalecer a base que apoiará a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição no próximo ano. Uma segunda finalidade em relação à vinda do petista é dar os primeiros passos rumo à união interna do PT recifense, que se encontra rachado desde as prévias partidárias disputadas em junho do ano passado

Lula vem ao Recife para brecar pretensão do PSB (Foto: Heinrich Aikawa / Instituto Lula)
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Leonardo Lucena_PE247 – Em meio às articulações do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), visando às eleições presidenciais de 2014, o ex-presidente Lula, cacique-mor do PT, virá ao Recife (PE) com o objetivo de fortalecer a base que apoiará a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição no próximo ano. Uma segunda finalidade em relação à vinda do petista é dar os primeiros passos rumo à união interna do PT recifense, que se encontra rachado desde as prévias partidárias disputadas em junho do ano passado.

A vinda de Lula faz parte das caravanas que o ex-presidente realizará em comemoração aos dez anos do PT frente à Presidência da República. De acordo com o roteiro original, o petista iria apenas à Fortaleza (CE) e Salvador (BA), já que os petistas tinham a esperança de ver Campos desistir do seu projeto presidencial. O desembarque previsto para o Recife teve o carimbo do senador Humberto Costa (PT) e do presidente nacional do PT, Rui Falcão.

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Diante das movimentações de Campos rumo ao Planalto, surgiram rumores de que Lula gostaria de ver o gestor pernambucano como vice da presidente Dilma. Mas esta possibilidade sempre foi carta fora do baralho dentro do PSB, inclusive, sob o argumento de que Lula, por exemplo, não tinha esperado ser vice para se candidatar em uma eleição subsequente. Por isso, de acordo com os socialistas, também não faz sentido o Campos ser vice no próximo ano para sair candidato apenas em 2018. Diante deste quadro, o ex-presidente virá, então, para lançar os alicerces que formarão a base de apoio político à atual chefe do Executivo federal, que tem a Região Nordeste como o seu principal reduto.

Além disso, Lula terá o papel de fazer com que o PT, ao menos, tenha algum estímulo para tentar a união interna. A legenda encontra-se rachada desde as prévias partidárias do ano passado, em junho, que foi disputada entre o então prefeito do Recife, João da Costa (PT), e o deputado federal Maurício Rands, este último apoiado por Humberto Costa, Eduardo Campos e João Paulo, também ex-prefeito e principal desafeto político de João da Costa.

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Com intensas trocar de farpas e até ataques pessoais entre as alas que apoiavam Rands e João da Costa, a Executiva Nacional do PT entendeu que a crise política estava colocando em risco a reeleição do partido no Recife e resolveu cancelar a primeira e única prévia. Até porque houve denúncias de fraudes no confronto, que teriam favorecido João da Costa. Em consequência, membros da cúpula nacional petista apresentaram o senador Humberto Costa como candidato e com o objetivo de estabelecer um consenso interno, o que não ocorreu.

Durante a campanha, o racha foi novamente exposto, pois João da Costa, impedido de disputar a reeleição, não apoiou o candidato do PT, que tinha como vice o ex-prefeito e deputado federal João Paulo. Passado o pleito, o PT teve e ainda tem dificuldades até para realizar uma reunião. E as divergências entre as alas pró-João Paulo e pró-João da Costa, no começo de março, em comemoração aos 33 anos da legenda. Petistas ligados a João da Costa não foram citados no cerimonial, o que levou integrantes do partido a proferir “Hipocrisia! Cadê a democracia!” e o atual secretário da Habitação do Recife, Eduardo Granja, a chamar de “frouxo” o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio.

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Agora, resta saber se Lula conseguirá, pelo menos, dar uma “dose” de estímulo ao PT recifense para que a legenda tente novamente buscar um consenso. Caso contrário, o partido corre o risco de ter, mais uma vez, a desunião interna exposta em 2014 , ano em que a legenda terá candidato próprio para disputar o Governo do Estado, segundo  declarou o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT).  

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