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Maior obra de Alckmin terá atraso de dois anos

Trecho norte do Rodoanel, com 47 km de extensão, fora prometido para novembro de 2014; mas Banco Interamericano de Desenvolvimento identificou problemas em licitações; agora, promessa de entrega da obra é para janeiro de 2016; atual mandato já terá acabado; para Geraldo Alckmin cortar a fita, só se conseguir a reeleição

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247 – Eleito sob a imagem da competência e da organização, o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, está amargando uma gafe internacional. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), principal órgão financiador das obras do Rodoanel Mário Covas – por sua vez, a principal obra de infraestrutura em andamento na gestão do próprio Alckmin – descobriu uma série de falhas nos editais de licitações para a construção do trecho Norte, com 47 quilômetros de extensão. Desde o ano passado, nada menos que 11 processos nas Justiça e nos Tribunais de Contas do Estado e da União foram abertos contra a forma como o governo paulista conduzia a disputa entre 18 empresas interessadas em participar da obra. Havia suspeita de beneficiamento a algumas companhias em detrimento de outras.

Essa verdadeira guerra judicial, que poderia ter sido evitada por meio de editais mais cuidadososo, vai atrasar em quase dois anos a entrega da obra, a julgar pela promessa inicial que previa novembro de 2014 como data de inauguração. Agora, se não houve mais reclamações, o Trecho Norte deverá ficar pronto em janeiro de 2016. Nesta data, Alckmin só será governador se conseguir a reeleição. Seu mandato, conquistado em 2010, acaba em dezembro de 2014.

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O BID vai emprestar cerca de R$ 2 bilhões para o projeto – um terço do valor total estimado para a obra, que é de R$ 6 bilhões.

O teor das falhas encontradas pelo BID não pode ser divulgado por questões contratuais, segundo o presidente da Dersa, Laurence Lourenço. "São divergências na forma como a Dersa faz a análise das propostas comerciais apresentadas pelos consórcios e a maneira como o BID faz", afirma. Ele promete divulgar todo o processo, com os relatórios das falhas encontradas, assim que o processo da licitação estiver concluído e os contratos para a obra, assinados.

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Pelos parâmetros do banco, eventuais falhas encontradas nas planilhas de custos devem ser comunicadas ao grupo autor da proposta e o erro pode ser corrigido – isso desde que o consórcio concorde com as mudanças e isso não altere o preço final da proposta. Foram essas idas e vindas de dados que acabaram atrasando a liberação da licitação, ainda segundo o presidente. A promessa é que as obras comecem logo após o carnaval.

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