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Marcha da Maconha reúne milhares na Paulista

Milhares de pessoas se reuniram na Avenida Paulista, região central de São Paulo, durante a Marcha da Maconha; ativistas saíram às ruas pelo fim da guerra às drogas e em defesa da legalização; ato - que ocorre desde 2008 - teve como lema "Quebrar correntes, plantar sementes"; concentração ocorreu no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e, em seguida, os manifestantes fizeram uma caminhada pela Avenida Paulista, no sentido Brigadeiro, indo pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio e seguiu em direção à Praça da Sé

Marcha da Maconha, avenida Paulista, São Paulo (Foto: Paulo Emílio)
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Agência Brasil - Milhares de pessoas se reuniram na tarde de hoje (6) na Avenida Paulista, região central de São Paulo, durante a Marcha da Maconha. Os ativistas saíram às ruas pelo fim da guerra às drogas e em defesa da legalização.

O ato - que ocorre desde 2008 - este ano teve como lema "Quebrar correntes, plantar sementes". O coletivo da Marcha da Maconha de São Paulo reivindicou "o direito ao plantio da maconha — e da liberdade — no lugar das correntes que seguem nos aprisionando. Nossa luta hoje é pela legalização da produção, distribuição e uso da planta no Brasil para seus mais variados fins. Mas não só! É também pelo fim de guerra às drogas em todo o globo terrestre!", informa o coletivo em sua página numa rede social.

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A Marcha da Maconha se organizou em blocos temáticos. A ativista do Coletivo DAR – Desentorpecendo a Razão, Gabriela Moncao, disse que os blocos visam qualificar o debate do fim da guerra às drogas. "A gente acha importante a legalização, acreditamos que todo mundo é afetado pela política proibicionista de drogas por várias formas e a marcha tenta trazer para a população os nossos argumentos pelo fim da guerra às drogas" afirmou.

O representante da Associação Cultural Cannabica de São Paulo (ACuCa), Rodrigo Martins, disse que a marcha chama a atenção para a liberdade de escolha. "Com a marcha, a gente reivindica nosso direito de usar nossos corpos da maneira que a gente quiser. Esperamos conseguir a tão almejada legalização da maconha e a descriminalização das outras drogas também". Para ele, a marcha serve ainda desmitificar preconceitos. "A marcha é para chamar atenção também da população para o descaso que é feito com todos os tipos de usuários, mas principalmente os negros, pobres e periféricos, que são os que mais sofrem com a guerra às drogas".

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A concentração ocorreu no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Por volta das 16h30, o grupo iniciou uma passeata pela Avenida Paulista, no sentido Brigadeiro, indo pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio e seguiu em direção à Praça da Sé. Durante a caminhada, o trânsito foi bloqueado ao longo do trajeto em um sentido da via.

Bloco Medicinal defende uso controlado

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Na comissão de frente da Marcha estava o Bloco Medicinal, que defende o uso controlado da maconha como remédio. O abastecedor de aeronaves Gabriel Alcides Castelo de Oliveira esteve pela primeira vez na marcha. O filho dele, de 6 anos, tem microcefalia, paralisia cerebral e epilepsia e faz uso de maconha medicinal há três anos.

Ele ainda importa a substância extraída da planta para fazer o uso e luta pela liberação no Brasil. "Meu filho teve ganhos muito bons em qualidade de vida, ele começou a ir para a escola e a epilepsia está controlada devido ao uso medicinal da maconha". Ele e a família participaram da marcha e esperam que o uso medicinal seja autorizado. "A gente espera que cada vez mais famílias e vidas sejam resgatadas através da maconha de uso medicinal, estamos aqui para espalhar a informação", acrescenta.

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O projeto Respire, que trabalha em contexto de festas com pessoas que usam drogas, também esteve na marcha. O coordenador do projeto, Gabriel Pedrosa, explica que o grupo trabalha com informações e estratégias de cuidados e redução de danos no uso das drogas. "A gente entende que a maior redução de danos é a informação, a pessoa bem informada vai ter uma capacidade de tomar uma decisão com maior conhecimento".

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