Marcos Valério é ouvido no MP sobre delação
Empresário foi ouvido no Ministério Público de Minas sobre o mensalão do PSDB; de acordo com o advogado Jean Robert Kobayashi, seu cliente relatou "alguns fatos novos" sobre o caso, mas não detalhou quais seriam; a defesa do empresário afirmou que esta etapa é um procedimento informal na delação; o MP informou que avalia um pedido de colaboração
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Minas 247 - O empresário Marcos Valério Fernandes, condenado no mensalão do PT e réu no mensalão do PSDB, foi ouvido nesta terça-feira (21) no Ministério Público Estadual, em Belo Horizonte. De acordo com o advogado Jean Robert Kobayashi, seu cliente relatou "alguns fatos novos", mas não detalhou quais seriam esses fatos acerca do mensalão tucano, que teria desviado recursos para beneficiar, em 1998, o então candidato à reeleição ao governo de Minas, Eduardo Azeredo. O tucano foi condenado em dezembro do ano passado, a 20 anos e 10 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Azeredo recorre em liberdade.
O advogado de Valério disse que esta etapa é um procedimento informal na delação. A assessoria do Ministério Público informou que os promotores avaliam o pedido de delação premiada e não há um prazo para a resposta. Kobayashi havia dito ao G1 que o cliente tinha "muita coisa" para falar, mas não informou detalhes. O advogado principal de Valério, Marcelo Leonardo, não confirmou a delação.
Valério, condenado a 37 anos de cadeia no mensalão do PT, está preso desde 2013 em regime fechado. Ele também é réu na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras. A Justiça aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo crime de lavagem de dinheiro.
Eleito governador de Minas Gerais em 1994, Eduardo Azeredo concorria à reeleição em 1998, com Clésio Andrade, à epoca filiado ao PFL e atualmente Democratas, como vice. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Azeredo foi o principal beneficiário do esquema de desvio de verbas de estatais para a campanha eleitoral.
A fraude funcionava por meio de repasses estatais para o suposto patrocínio de eventos esportivos. As empresas, de acordo com a denúncia, repassavam a verba à empresa SMP&B, de Marcos Valério. O Banco Rural também consta no processo. Ele forneceria empréstimos às agências sem apresentação de garantias. Esses recursos abasteciam a campanha.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) teriam repassado, cada uma, R$ 1,5 milhão à SMP&B, de Marcos Valério. Do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) teriam saído outros R$ 500 mil para o suposto esquema.
Além de Valério, sete réus ainda aguardam a sentença em cinco processos distintos.
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