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Marina: é Lei da Mordaça, um pacote autoritário

Em visita a Goiânia para viabilizar a Rede Sustentabilidade, ex-ministra do Meio Ambiente ataca duramente projeto de lei que retira tempo de TV e dinheiro de novos partidos, admite disputar presidência da República, atrai deputado estadual de oposição a Marconi Perillo e corre atrás de mais 350 mil assinaturas para legalizar o partido até o mês de junho

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Renato Dias

Especial para o Goiás247

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Apesar de afirmar que não quer antecipar a sucessão, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva admite disputar a eleição à presidência da República em 2014, diz que a Rede Sustentabilidade já conseguiu 200 mil assinaturas de apoio à sua regularização no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ataca o PT e frisa que a sustentabilidade é a utopia do século 21. Ao lado do deputado estadual Major Araújo, dissidente do PRB, do vereador Elias Vaz e do engenheiro Martiniano Cavalcante, ela participou de ato, ontem, na Câmara Municipal de Goiânia.

De linhagem evangélica [é da Igreja Assembleia de Deus], Marina afirma ao que o partido político que quer criar não será uma mera legenda para concorrer ao pleito do ano que vem. “A Rede Sustentabilidade tem um projeto para o Brasil, um programa de desenvolvimento sustentável e uma visão de mundo para o futuro da atual e das próximas gerações”, dispara. A estrutura orgânica da sigla não será vertical, promete. A sua marca é a horizontalidade, explica, sem dar detalhes de como ocorrerá o seu funcionamento.

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Nascida Maria Osmarina Silva de Souza, no Acre, em 1958 (ela possui, hoje, 55 anos de idade), lembra que o seu projeto foi depositário de quase 20 milhões de votos nas eleições de 2010. “Não se trata de apenas um rostinho que aparece na televisão, ainda mais com 55 anos de idade e que não é nenhuma Gisele Bündchen”, ironiza. A sua legenda precisa de 550 mil assinaturas válidas para poder participar do processo eleitoral, receber o fundo partidário e ter direito a um horário gratuito em rádio e televisão.

Marina Silva classifica como “casuísmo” o projeto de lei que tramita, atualmente, no Congresso Nacional. Já aprovado na Câmara dos Deputados, que cria obstáculos ao surgimento de novos partidos. “É a ‘Lei da Mordaça’, o pacote de abril, autoritário”, atira. “Uma lei sob encomenda, que nos retira os 35 segundos em rádio e TV”, fuzila. Não podemos aceitar, adianta. A Rede Sustentabilidade negocia a sua rejeição com dissidentes do PT, PSDB, PMDB e já teria obtido o apoio do PSOL e do Mobilização Democrática, que nasceu da fusão entre PPS e PMN.

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Alfabetizada aos 16 anos de idade, a aliada do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado no ano de 1988, no Acre, graduou-se depois em História, pela Universidade Federal, e concluiu pós-graduação em Psicopedagogia. A sua biografia, Marina, a vida por uma causa, de autoria da jornalista Marília de Camargo César, com prefácio de Fernando Meirelles, vai virar filme. A sua saída do PT, em 19 de agosto de 2009, sigla que ingressou em 1986, teria sido traumática. A passagem pelo Partido Verde também foi “turbulenta”.

Oposições

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Apesar dos rumores, a ambientalista nega ter aberto diálogos com os líderes da oposição ao Palácio do Planalto – senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE). “A nossa estratégia não é antecipar o debate eleitoral”, desconversa, de forma educada. O momento agora é de discutir o Brasil que queremos, destaca, sob os olhares de Martiniano Cavalcante. “Somos uma força política que faz a defesa do meio ambiente e formula um projeto para o Brasil”, discursa, animada. Elias Vaz concorda e sorri.

Pragmático, Major Araújo já admite concorrer ao Governo de Goiás em 2014.

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Leia trechos da entrevista:

Eleições de 2014

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A Rede Sustentabilidade apresentará um projeto para o Brasil, com um programa de desenvolvimento sustentável. Mas a política é mais do que eleição. Não se trata de apenas um rostinho que aparece na televisão, ainda mais com 55 anos de idade e que não é nenhuma Gisele Bündchen. (risos)

Partido

A estrutura orgânica da sigla não será vertical. A sua marca é a horizontalidade. A Rede Sustentabilidade tem um projeto para o Brasil, um programa de desenvolvimento sustentável e uma visão de mundo para o futuro da atual e das próximas gerações.

Assinaturas

Já conseguimos 200 mil assinaturas de apoio à legalização do partido. A meta é atingir, até o fim do mês de junho, as 550 mil necessárias para a sua legalização.

PT

O PT não foi capaz de atualizar as suas bandeiras.

Mal-estar

O mundo e o Brasil enfrentam uma crise econômica, social e ambiental.

Modernidade

As utopias do século 21 são da sustentabilidade.

Plataforma

A Rede Sustentabilidade defende as conquistas da estabilidade econômica com distribuição de renda.

Crise econômica

O Brasil não está imune à crise econômica mundial, não é uma ilha de prosperidade. As medidas de estímulo ao consumo e na distribuição de recursos dos agentes financeiros adotadas, que elevaram a capacidade de endividamento, já teriam saturado.  É preciso lembrar também que a China também diminuiu a demanda por commoditties. Há que se ressaltar o baixo investimento no setor industrial...

Educação

É necessário ampliar os investimentos em Educação, Tecnologia e Inovação.

Infraestrura

O Brasil possui, hoje, graves problemas estruturais.

Inflação

Há um perigo de volta à inflação. Ela vem sendo controlada de forma artificial. Mas não sou adepta do quanto pior melhor.   

Nova lei

É a ‘Lei daMordaça’, o pacote de abril, autoritário. 

Casuísmo

Uma lei sob encomenda, que nos retira  os 35 segundos em rádio e  TV. É casuísmo. Não podemos aceitar. A Rede Sustentabilidade negocia a sua rejeição com dissidentes do PT, PSDB, PMDB e já teria obtido o apoio do PSOL e do Mobilização Democrática [que nasceu da fusão entre PPS e PMN].

Tática

A nossa estratégia não é antecipar o debate eleitoral.

Narrativa ideológica

Somos uma força política que faz a defesa do meio ambiente e formula um projeto para o Brasil.

Perfil

Nome: Maria Osmarina Marina Silva de Souza

Partido: Rede Sustentabilidade

Cargos: Ex-ministra do Meio Ambiente, ex-senadora e ex-candidata à presidência da República

Formação: Graduada em história

Idade: 55 anos

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