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Marta: ‘Custo do BRT de Salvador é duas vezes maior que o do Rio’

A vereadora Marta Rodrigues (PT) disse nesta sexta-feira que a suspensão da licitação das obras do BRT de Salvador pela Justiça "só corrobora as denúncias" feitas por ela sobre "subjetividade, falta de informações concretas e de estudos para a idealização do projeto"; ela pontua ainda "problemas mais graves" envolvendo o projeto: "prevê a construção de quatro elevados somente no trecho 1, indo na contramão do que pregam arquitetos e urbanistas, prevê tamponamentos de rios e possui um valor exorbitante que distoa do que foi gasto com BRTs em outras capitais do país", diz a vereadora

Marta Rodrigues (Foto: Romulo Faro)
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Bahia 247 - A vereadora Marta Rodrigues (PT) disse nesta sexta-feira (9) que a suspensão da licitação das obras do BRT de Salvador pela Justiça "só corrobora as denúncias" feitas por ela sobre "subjetividade, falta de informações concretas e de estudos para a idealização do projeto".

Ela pontua ainda "problemas mais graves" envolvendo o projeto: "prevê a construção de quatro elevados somente no trecho 1, indo na contramão do que pregam arquitetos e urbanistas, prevê tamponamentos de rios e possui um valor exorbitante que distoa do que foi gasto com BRTs em outras capitais do país", diz a vereadora.

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Segundo Marta Rpdrigues, o BRT de Salvador tem o custo mais caro por quilômetro, se comparado com o mesmo modal em Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife e Belém. Enquanto um quilômetro do BRT da capital baiana custa R$ 150.683.873,096 – o trecho 1 custa R$ 376.709.682,74 e tem apenas 2,5 km – no Rio de Janeiro o quilômetro custou R$ 70.343.078,99. Lá, o BRT tem 28 quilômetros e teve investimento de R$ 1.969.606.211,94.

"Ou seja, além de ser um BRT calça curta, tem um valor questionável. São muitos problemas nesse projeto", diz a vereadora do PT.

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Em Belém, são 20 quilômetros de BRT com gastos de R$ 583.310.528,10, o que dá R$ 26.915.526,40 o km/custo. Em Fortaleza, foram 17,4 quilômetros ao custo de R$ 145.038.193,45,o que dá R$ 8.335.528,36 o km/custo. Já em Recife, foram gastos R$ 197.700.000,00 para a construção de 15 quilômetros, ou seja, R$ 13.180.000,00 o km/custo. Os dados foram obtidos nos sites de transparência dos municípios.

Ainda conforme a vereadora, enquanto centenas de cidade estão demolindo seus elevados – a exemplo do Rio de Janeiro, que implodiu a Perimetral, no centro da cidade – Salvador pretende gastar cerca de 204,5 milhões para a construção de quatro elevados somente no trecho 1 do BRT. "É um contrassenso. O elevado se insere na lógica urbana do século 20, que privilegiava o automóvel e a construção de vias expressas e alternativas viárias. Tem soluções mais viáveis e com impacto menores".

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Segundo o documento da OAS, "os termos do edital, no qual já chamava a atenção para a subjetividade nos critérios de julgamento e esperava ver sanada essa irregularidade, tendo requerido, inclusive, a alteração de procedimentos para melhor transparência do certame, no entanto a referida impugnação ainda não foi apreciada".

Transparência

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Em abril último, Marta apontou para o fato da licitação para a execução do trecho 1 do BRT não disponibilizar os 18 anexos existentes e ainda cobra a quem solicitasse os dados, uma taxa de R$ 100 a ser paga, conforme a divulgação, presencialmente na Sucop. Os anexos se referem a questões importantes para o conhecimento da população, como o termo referência, o detalhamento do objeto, com a extensão em quilômetros do trecho licitado, critério de avaliação e pagamento; minuta do contrato; dentre outros.

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