CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Geral

Médico condena serviço obrigatório no SUS

Miguel Srougi, professor titular da USP, elogiou parte do programa “Mais Médicos” lançado ontem pelo governo, mas se diz contrário criar uma lei: “nem serviço militar é totalmente obrigatório, a pessoa pode alegar questões de foro íntimo, religiosas, e não fazer”

Médico condena serviço obrigatório no SUS
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – O programa 'Mais Médicos' lançado pelo governo ontem para levar profissionais a regiões carentes
contrariou a classe médica. O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), emitiram nota contestando a iniciativa (leia aqui).

A medida provisória também institui a abertura de 11.447 vagas em faculdades de medicina até 2017 e, a partir de 2015, aumenta em dois anos a grade curricular das faculdades públicas e particulares de medicina, com formação voltada à atenção básica (1º ano) e setores de urgência e emergência (2º ano).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Neste período, os alunos terão uma autorização temporária para o exercício da medicina, e ganharão uma bolsa para atender no SUS.

Para o urologista Miguel Srougi, professor titular da USP, o problema na proposta está na questão da obrigatoriedade. Leia trechos da entrevista concedida à Folha:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Mudanças nos cursos de medicina

Filosoficamente, a ideia me agrada muito. Existe uma dívida dos indivíduos que estudam medicina nas escolas públicas, isso aconteceu comigo.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

De alguma forma, retribuir à sociedade o privilégio que tivemos, é muito importante.

Mas, pelo que vi, é preciso ser mais bem desenhada. Envolve mudar a grade curricular de todas faculdades. Não sei até que ponto não fere a autonomia universitária.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Obrigatoriedade

Acho complicado criar uma lei obrigando as pessoas a fazerem determinadas coisas. Nem serviço militar é totalmente obrigatório, a pessoa pode alegar questões de foro íntimo, religiosas, e não fazer.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Esse aumento do curso para oito anos também pode ser complicado. O sujeito vai precisar de mais três ou quatro anos para a residência. Ou seja, vai passar 13 anos estudando. E se tem família para sustentar, como é que fica?

Debate com a sociedade

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Essa ideia é filosoficamente perfeita se bem explorada. Mas não pode ser entuchada na cara de todo mundo. Esses jovens médicos precisam de instrutores de qualidade.

Os professores vão para os grotões supervisioná-los?

É preciso ter um debate amplo com a sociedade, envolvendo as universidades, o setor público, as sociedades médicas. O governo não pode colocar isso à força de um dia para o outro.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO