Milícias atuam em conjuntos da reconstrução em AL
O deputado estadual João Henrique Caldas (PTN) denuncia que milícias estão fazendo a segurança particular nos conjuntos da reconstrução. Essas casas foram construídas com recursos do Governo Federal em municípios atingidos pela cheia de 2010. Por falta da presença do Governo de Alagoas, há relatos de agressão a moradores porque se negaram a pagar as milícias.
Alagoas247 - O deputado estadual João Henrique Caldas (PTN) alertou que - em virtude da falta de políticas públicas do governo de Alagoas nos conjuntos da reconstrução - milícias estão instaladas nas regiões e tomando para si questões importantes, como o fornecimento de segurança privada. Não é de hoje que a Casa de Tavares Bastos chama atenção para a condução que o Executivo deu ao gerenciamento dos recursos federais que deveriam ser utilizados, essencialmente, na reconstrução das cidades atingidas pela cheia em 2010.
Para JHC, a construção e entrega das casas para as famílias desabrigadas não concluem a presença fundamental do Estado nas regiões. Ele destacou que, durante as visitas que realizou, na figura de presidente da Comissão Especial das Enchentes, encontrou sérios problemas estruturais.
“Em algumas casas, a estrutura é muito frágil. Por incrível que pareça, bastava tocar e o revestimento quebrava. Simples assim. Parecia, na verdade, uma casa de ovo. O governo despejou as famílias nas casas e a presença do Estado ficou em segundo, terceiro e até quinto plano. Nos últimos dias, na cidade de União de Palmares, um senhor que ganhou uma casa no programa se negou a pagar as taxas aos milicianos e acabou sendo espancado. Um total absurdo! Cadê o Estado?”, indagou o parlamentar.
Apesar dos milhões de reais despejados pelo governo federal para reconstrução, JHC anunciou que, em alguns conjuntos, o governo estadual não realizou as obras que deveriam assistir com qualidade a população. Entre as principais necessidades, ele destaca a falta de quadras esportivas, escolas e postos de saúde.
“Não entendo o porquê de tanta demora em realizar as obras. Os recursos foram destinados. Não é certo entregar as casas e, simplesmente, despejar a população. Em alguns casos, faltam até pavimentação na entrada dos conjuntos. Como resposta, o governo informa que os aditivos necessários para a conclusão das obras não são possíveis. Enquanto isso, a população segue sofrendo e sonhando com dias melhores. Nos próximos dias, serão três anos de espera e uma definição para essa problemática está muito longe”, considerou.
Com gazetaweb.com
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