Militares querem que governo vete mudanças em estatuto
As associações que representam os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Alagoas prometem uma série de mobilizações para pressionar o governador Renan Filho (PMDB) a vetar mudanças contidas em projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa e que alteram o estatuto das corporações; eles apontam que as mudanças vão causar prejuízos
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Alagoas 247 - As associações que representam os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Alagoas prometem uma série de mobilizações para pressionar o governador Renan Filho (PMDB) a vetar mudanças contidas em projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa e que alteram o estatuto das corporações.
As entidades apontam que as mudanças vão resultar em prejuízos aos militares. Na manhã desta quinta-feira (3), uma sessão pública no Legislativo debateu o assunto, quando as associações disseram que "quase nada avançou".
De acordo com o presidente da Associação de Cabos e Soldados Militares do Estado de Alagoas (ACS), cabo Wellington, a sessão desta quinta-feira deveria ter ocorrida antes de os parlamentares aprovarem o projeto em duas votações, já que, agora, resta apenas a redação final, a última fase antes de proposta seguir para sanção do governador. Na oportunidade, o militar apontou que o próprio deputado Chico Tenório - que convocou a sessão pública - já teria concordado que, desta feita, "há muito pouco a se fazer".
Pelo texto do projeto de lei, as policiais femininas da corporação iriam se aposentar de forma compulsória aos 60 anos, enquanto os homens, aos 65. A proposta motivou os policiais a se mobilizarem, promovendo manifestações ao longo dos últimos meses, devido ao receio da perda de direitos. Na sessão, os servidores defenderam a aposentadoria aos 57 anos para mulheres e aos 62 para os homens, reivindicando também uma aposentadoria isonômica, aos 62 anos, para ambos os gêneros.
"A sessão deveria ter sido feita antes da votação. Dessa forma, as autoridades teriam ouvido a opinião dos militares. Se tivesse acontecido antes, estas mudanças que colocam em xeque os nossos direitos não estariam no projeto. Agora, resta mobilizar toda a categoria para tentar convencer o governador Renan Filho a vetar parcialmente a matéria aprovada na Assembleia. Caso isso não ocorra, iremos sofrer vários prejuízos, com o Estado também sendo penalizado", analisou Wellington.
Já de acordo com o deputado Chico Tenório, as mudanças feitas pela ALE não trazem qualquer tipo de ônus aos policiais. "Eu desafio qualquer militar a apontar que a emenda que eu apresentei prejudica alguém. Isso não existe. As informações estão saindo distorcidas. O que há, de fato, é a necessidade histórica de se aposentar para se promover outrem, mesmo que este servidor possa ter mais alguns anos na Polícia Militar. Hoje, a regra do interstício também não é respeitada, o que ocasiona uma enxurrada de ações na Justiça. O Estado não tem como suportar esta situação por muito mais tempo. A emenda cria direitos para todos, e não o contrário. É preciso que se diga a verdade", colocou.
Com gazetaweb.com
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