“Minha mulher me bota pra fora de casa”, diz Rui sobre candidatura
Nos últimos dias as especulações sobre uma possível candidatura do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), ao governo de Alagoas ganharam musculatura. Mas ele não admite ser mordido pela mosca do poder
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Nos últimos dias as especulações sobre uma possível candidatura do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), ao governo de Alagoas ganharam musculatura. O tema, inclusive, chegou a ser tratado por auxiliares do prefeito como nunca havia sido. Virou motivo de análise nos gabinetes e corredores de alguns dos seus assessores.
Segundo essas especulações, Rui Palmeira seria o candidato do PSDB. A estratégia teria o objetivo de manter o partido no poder ao lançar um nome conhecido e sem desgaste. Dessa forma, o senador Benedito de Lira (PP), que pleiteia ser o candidato do governador Vilela, seria atendido porque o vice-prefeito, Marcelo Palmeira, seu enteado, ficaria no cargo. Já o vice-governador, José Thomaz Nonô, que também quer ser candidato e é muito ligado á família de Rui Palmeira, concluiria o mandato do governador.
Entretanto, Rui Palmeira não admite ser mordido pela mosca do poder por dois motivos: A sua mulher, Tatiana Araújo Alvim Palmeira, não concorda que ele se envolva em mais uma campanha e se afaste de casa por longos períodos.
A segunda questão que faz Rui Palmeira descartar a candidatura tem como exemplo o seu próprio pai, Guilherme Palmeira. Senador da República renunciou ao mandato para ser candidato a prefeito de Maceió por ser considerado pelos seus aliados como o único em condições de enfrentar o candidato a prefeito pelo PMDB, que foi Renan Calheiros.
Eleito prefeito de Maceió em 1988, renunciou ao mandato em 1990 para sair candidato ao segundo mandato como senador. Os objetivos foram alcançados, mas viraram uma marca negativa no histórico político de Guilherme que, a partir daquele instante, deu um discurso crítico as oposições para atacá-lo.
E essa marca negativa se deu não apenas pelas renúncias, mas também pelo desastre administrativo que foi a gestão do então prefeito João Sampaio, o seu vice, que, pressionado por denúncias, acabou também renunciando.
Palmeira, o pai, foi responsabilizado por tudo. Começa aí a sua derrocada política. Algo que Rui Palmeira não quer repetir, aconselhado pelo próprio pai, sem falar na postura decidida de sua mulher.
Assim como na vida, a política também tem a sua hora exata para a tomada de decisões. Ambição de mais pode destruir uma carreira, assim como ambição de menos.
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