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Mortalidade. Índice aumenta com a sobrecarga de trabalho dos enfermeiros

No momento, em todo o mundo, os enfermeiros cuidam de um número excessivo de pacientes. Se o número de doentes a gerenciar diminuir de dez para seis, a mortalidade irá diminuir em 20%.

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Por Anne Prigent – Le Figaro

 

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Na maior parte dos países, vivemos um momento de restrições orçamentais e de cuidadores na beira do burn-out (esgotamento). Recente estudo mostra que a pressão sobre as equipes de enfermagem em unidades de saúde é muito prejudicial para os pacientes. De fato, de acordo com dados publicados no site do British Medical Journal, em hospitais onde os enfermeiros cuidam de seis pacientes, a taxa de mortalidade é 20 % menor em relação a dos hospitais onde cada enfermeiro é responsável por dez pacientes.

Tais resultados confirmam os que foram obtidos em estudos anteriores. Em 2014, um grande estudo publicado no The Lancet, mostrou que em hospitais onde cada enfermeira (ou enfermeiro) é responsável por seis pacientes, em média,  e onde a maioria da equipe tem o nível de bacharelado, o risco de morte de um paciente no prazo de 30 dias é praticamente inferior de um terço em relação ao de estabelecimentos onde cada enfermeira tem oito pacientes sob sua responsabilidade e onde apenas 30 % delas têm este nível de ensino. Este estudo revelou especialmente que cada paciente adicional por enfermeiro aumentava o risco de mortalidade em 7 %.

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Cotas na Austrália e na Califórnia

Existe uma cota de enfermeiras por paciente que poderia assegurar um limiar seguro? Os autores do estudo do BMJ permanecem muito cautelosos e acreditam que seu estudo não permita determinar essa cota com precisão. Apenas a Austrália e a Califórnia implementaram cotas de um enfermeiro para cada quatro pacientes.

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«Eles têm demonstrado o valor das cotas sobre a qualidade dos cuidados. Claro, isso aumenta o custo em funcionários, mas que é compensado pela diminuição das complicações, dos tempos de internação e da mortalidade », diz Thierry Amouroux, secretário geral do Sindicato nacional francês dos profissionais enfermeiros (SNPI). Na França, as cotas de enfermeiros existem apenas para determinados serviços, especialmente sensíveis, como os serviços de reanimação (duas enfermeiras para cinco pacientes).

Deveríamos ter tempo para dialogar

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Podemos estimar que a quantidade de pacientes por enfermeiro tornou-se muito importante? Certamente, responde Thierry Amouroux. Para o representante sindical, se o número de pacientes que um enfermeiro deve cuidar não evoluiu há dez anos, a carga de trabalho tem aumentado consideravelmente. «Por causa da diminuição das durações de estadia e de desenvolvimento de alternativas para a internação, os pacientes que estão internados são casos mais graves que há dez anos», diz ele.

Resultado: os enfermeiros tornaram-se técnicos de atendimento em detrimento da relação com os pacientes. «Mas não estamos apenas aí para alinhar cuidados. Deveríamos ter tempo para dialogar com o paciente. É muitas vezes a equipe de enfermeiros que traduz as palavras do residente que lhe explicou seus tratamentos », diz o representante do SNPI, que alerta sobre o cansaço das equipes. Em cada 25 mil pessoas formadas, um quarto delas troca de profissão depois de cinco anos. O risco consiste em enfrentar uma escassez de enfermeiros nos próximos anos.«Substituí-los por pessoas menos treinadas talvez seja imprudente», alertam os autores do estudo do BMJ.

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