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Mostra de Tiradentes tem recorde de filmes dirigidos por mulheres

Foram 37 longas-metragens, o que representa 19% do total de inscritos. Com trabalhos que tiveram a qualidade reconhecida, esse percentual aumenta se forem considerados os filmes selecionados. Numa programação com 108 títulos, incluindo os curtas-metragens, 43 contam com uma mulher na direção, cerca de 40%, também um recorde

Foram 37 longas-metragens, o que representa 19% do total de inscritos. Com trabalhos que tiveram a qualidade reconhecida, esse percentual aumenta se forem considerados os filmes selecionados. Numa programação com 108 títulos, incluindo os curtas-metragens, 43 contam com uma mulher na direção, cerca de 40%, também um recorde (Foto: Leonardo Attuch)
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Léo Rodrigues – Enviado especial da Agência Brasil
 
A 20ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que se encerra neste sábado (28), é a que recebeu o maior número de inscrições de filmes dirigidos por mulheres. Foram 37 longas-metragens, o que representa 19% do total de inscritos. Com trabalhos que tiveram a qualidade reconhecida, esse percentual aumenta se forem considerados os filmes selecionados. Numa programação com 108 títulos, incluindo os curtas-metragens, 43 contam com uma mulher na direção, cerca de 40%, também um recorde.

"Nós não fizemos nenhum tipo de cota. Ninguém entrou na Mostra de Cinema de Tiradentes por ser mulher. Eu defendo muito que a expressividade seja o principal", destaca o curador Cléber Eduardo. Segundo ele, os filmes também seriam selecionados se tivessem sido dirigidos por homens.

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Para Cléber Eduardo, embora o fenômeno esteja ocorrendo tardiamente em algumas áreas, é inevitável a expansão da presença feminina no mercado em geral, não apenas no cinema. "Isso ocorre em todas as atividades que até pouco tempo atrás eram consideradas de territórios exclusivamente masculinos. Há muitas mulheres no cinema, mas em algumas funções. Na produção e na direção de arte, elas reinam. Mas há funções como direção, direção de fotografia e montagem ainda bem masculinas. Isso está sendo quebrado aos poucos."

A diretora Eliza Capai durante bate-papo com o público após exibição do documentário O Jabuti e a Anta

A diretora Eliza Capai durante bate-papo com o público após exibição do documentário O Jabuti e a AntaLéo Rodrigues/Agência Brasil

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O curador entende que a ausência de mulheres em certas funções afeta o resultado final dos filmes, sobretudo as representações femininas. "Sendo os roteiristas homens, predominantemente, temos uma limitação grande na forma como as personagens femininas aparecem."

Com a experiência de mulher à frente da direção da Mostra de Cinema de Tiradentes desde sua origem, há 20 anos, Raquel Hallak comemora o crescimento da ocupação feminina no audiovisual e faz menção ao tema desta edição do evento: "Cinema em reação, cinema em reinvenção". "O cinema está mostrando essa ocupação das mulheres, tanto nas telas, como nos bastidores. É uma prova da reinvenção do cinema. O mundo é feminino e o futuro é feminino", diz.

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Refletindo este momento, a Mostra de Tiradentes lançou este ano o Troféu Helena Ignez, que será entregue anualmente a uma mulher que tenha atuado na produção de obras concorrentes da Mostra Foco, de curtas-metragens, e da Mostra Aurora, que reúne longas de novos realizadores. A premiada será conhecida na noite de hoje (28) e não será necessariamente diretora, podendo também ter se destacado em funções como direção de fotografia, montagem, roteiro, entre outros.

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