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MP apura fraude em obra de R$ 180 milhões executada pela Camargo Corrêa

O MP-MG instaurou inquérito para investigar suposto superfaturamento e desvio de recursos públicos em obras da Copasa executadas pela construtora Camargo Corrêa, alvo da Operação Lava Jato, no município de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte; a obra teve um orçamento de R$ 121,9 milhões conforme a licitação, mas custou R$ 180 milhões para a companhia. Mesmo com os aditivos de 50% do valor inicial, o sistema de esgoto contratado não foi concluído; a Copasa terá que realizar outra licitação, estimada em R$ 50 milhões, para terminar a obra

O MP-MG instaurou inquérito para investigar suposto superfaturamento e desvio de recursos públicos em obras da Copasa executadas pela construtora Camargo Corrêa, alvo da Operação Lava Jato, no município de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte; a obra teve um orçamento de R$ 121,9 milhões conforme a licitação, mas custou R$ 180 milhões para a companhia. Mesmo com os aditivos de 50% do valor inicial, o sistema de esgoto contratado não foi concluído; a Copasa terá que realizar outra licitação, estimada em R$ 50 milhões, para terminar a obra (Foto: Leonardo Lucena)
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Minas 247 - O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) instaurou inquérito para investigar suposto superfaturamento e desvio de recursos públicos em obras da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) executadas pela construtora Camargo Corrêa no município de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. A obra teve um orçamento de R$ 121,9 milhões conforme a licitação, mas custou R$ 180 milhões para a companhia. Mesmo com os aditivos de 50% do valor inicial, o sistema de esgoto contratado não foi concluído. A Copasa terá que realizar outra licitação, estimada em R$ 50 milhões, para terminar a obra.

"É uma obra grande. Há indícios (de superfaturamento), até mesmo pelo valor da obra e pela ausência de conclusão", disse o promotor Eduardo Nepomuceno.

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De acordo com o MP, a empreiteira, investigada pela operação Lava Jato, venceu concorrência realizada em 2011 e se comprometeu a construir uma estação de tratamento (ETE) e redes interceptoras e coletoras de esgoto para levar os resíduos para a estrutura. Porém o esgoto não chega ao destino correto. A estação foi construída para receber até 140 litros de esgoto por segundo, mas funciona com apenas metade – 70 litros por segundo.

O problema estaria na construção incompleta das redes que levam o esgoto à ETE. A Camargo Corrêa teria entregado o serviço com apenas 25% das redes coletoras de esgoto concluídas, segundo uma fonte ouvida pelo jornal O Tempo. “É uma obra envolta em suspeitas. A ETE tem uma estrutura enorme, caríssima, e, para construir, deixaram de fazer parte das redes”, explica a fonte. “A Copasa gastou uma fortuna, e grande parte dos córregos de Ibirité continua recebendo esgoto”, afirmou.

Após remendos feitos pela Copasa, 42% da cobertura sanitária prevista inicialmente está pronta. Para interligar os 58% restantes – que já deveriam estar concluídos desde o início de 2015 – e garantir a operação total da ETE, a companhia de saneamento pretende lançar, nos próximos meses, nova licitação. 

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De acordo com o promotor, um representante da Copasa já foi ouvido. A central de perícias da promotoria analisa documentos encaminhados pela empresa. Após análise do material, a Camargo Corrêa deve ser chamada a prestar esclarecimentos.


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