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MP-RS denuncia 19 por fraudes de leite e queijo

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar apresentou à Justiça de Venâncio Aires, município do Centro-Leste gaúcho, denúncia contra 19 pessoas envolvidas na fraude investigada pela Operação Leite Compen$ado 10; oMP pede a manutenção das prisões, bem como a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão aos envolvidos; asinvestigações apontaram a existência de leite com água e bactérias, queijo com coliformes fecais e falsificação de documento pela Secretaria da Agricultura

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar apresentou à Justiça de Venâncio Aires, município do Centro-Leste gaúcho, denúncia contra 19 pessoas envolvidas na fraude investigada pela Operação Leite Compen$ado 10; oMP pede a manutenção das prisões, bem como a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão aos envolvidos; asinvestigações apontaram a existência de leite com água e bactérias, queijo com coliformes fecais e falsificação de documento pela Secretaria da Agricultura (Foto: Leonardo Lucena)
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Rio Grande do Sul 247 - O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar apresentou à Justiça de Venâncio Aires, nesta quinta-feira(26) denúncia contra 19 pessoas envolvidas na fraude investigada pela Operação Leite Compen$ado 10. O documento é um aditamento à denúncia ajuizada em 26 de outubro contra Luciano André Petry e Fábio Ricardo Bayer, sócios da empresa H2B Laticínios Ltda., presos preventivamente desde a deflagração da operação, em 21 de outubro.

O MP pede a manutenção das prisões, bem como a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão a outras 17 pessoas. Todas elas incluindo Petry e Bayer, foram denunciadas pelos crimes de organização criminosa e adulteração de produto alimentício. 

As cautelares solicitadas são o comparecimento na Justiça a cada dois meses para informar as atividades realizadas, a proibição de acesso ou frequência à sede das empresas Lactibom Derivados do Leite Ltda., H2B Laticínios Ltda., DRW Alimentos Eireli e Laticínios Latte Bios Ltda., a proibição de se ausentarem da Comarca por mais de oito dias e a suspensão do exercício de atividade de natureza econômica quando houver receio de sua utilização para a prática de infrações penais. 

LEITE COM ÁGUA E BACTÉRIAS 

Durante as investigações, análises feitas pelo laboratório da Univates constataram que 11 lotes de Leite UHT Lactibom apresentaram acidez elevada e proliferação de bactérias (o que indica que o leite estava em processo de deterioração), além de crioscopia elevada – o que pressupõe a adição de água. 

Os lotes 01, 09, 10, 22, 37 e 60 já venceram. No entanto, os seguintes lotes ainda estão dentro do prazo de validade e não devem ser consumidos pelos consumidores: 

- Lote 02, com data de validade que expira em 05 de dezembro. 
- Lote 07, com data de validade que expira em 14 de dezembro. 
- Lote 21, com data de validade que expira em 08 de janeiro. 
- Lote 26, com data de validade que expira em 21 de fevereiro. 
- Lote 72, com data de validade que expira em 23 de janeiro. 

Por sua vez, a H2B manteve em silos milhares de litros de leite pasteurizado que apresentaram acidez elevada e crioscopia. 

QUEIJO COM COLIFORMES FECAIS 

A Laticínios Latte Bios Ltda., de Lajeado, comprava de Luciano André Petry leite cru refrigerado corrompido, nocivo à saúde e com o seu valor nutritivo reduzido. Rodrigo Rafael Huff Franzmann, Rejane Pressler e Carina Taís Siebeneichler, administradores da Latte Bios, fabricavam queijo Queschmier-Ricota com o leite fraudado. O representante comercial Alexandre Pontin, tendo conhecimento das condições do produto, comprou o queijo para revender ao mercado.

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Durante o cumprimento dos mandados da Leite Compen$ado 10, uma carga do produto foi apreendida em um veículo utilizado por Alexandre. A análise do Laboratório da Univates detectou coliformes termotolerantes (também chamados de coliformes fecais, que toleram temperaturas acima de 40ºC e são associados às fezes de animais). 

FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO DA SECRETARIA DA AGRICULTURA 

Luciano André Petry determinou que a funcionária Jéssica Beatriz Ohlweiler declarasse em três atestados (com o brasão de armas do Estado do Rio Grande do Sul, bem como as identificações da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e da Coordenadoria de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal – CISPOA) que leite cru refrigerado de diversos transportadores havia sido recebido com desconto no valor.

Os denunciados declararam falsamente em documento público, para justificar aos produtores o valor descontado na compra da carga do produto adulterado com água, que deveria ter sido condenado e não recebido pela empresa. 

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*Com informações do MP-RS

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