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MP vai investigar surto de diarreia

O Ministério Público Estadual vai montar um plano de ação para apurar as responsabilidades pelo surto de diarreia que atingiu 28 mil pessoas em 27 municípios do Agreste e Sertão e causou 37 mortes em Alagoas. Outras 40 cidades estão em estado de alerta permanente porque já apareceram pacientes com a mesma doença. Já é sabido que o surto da doença se deveu a água contaminada consumida pela população e que pode ter vindo do sistema de abastecimento da Companhia de Abastecimento de Água, dos carros-pipa, da distribuição ou venda particular de água por meio de carroças de burro e carros de boi que captam o líquido em locais contaminados ou ainda do uso da água da barragem.

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Alagoas247 - O Ministério Público (MP) de Alagoas informou, nesta quarta-feira (17), que vai investigar as causas do surto de diarreia que atinge 27 municípios do estado e provocou 37 mortes. Nesta quinta-feira, haverá um encontro, em Arapiraca, entre procuradores e promotores para apurar os responsáveis pelo surto. O MP quer saber se houve omissão por parte do poder público.
“Vamos fazer um levantamento, com base no relatório que recebemos da Secretaria de Estado da Saúde, dos municípios atingidos pela epidemia e onde os óbitos ocorreram. Depois disso, elaboraremos uma estratégia de atuação, que vai começar pela cobrança de explicações aos órgãos responsáveis pelo tratamento e distribuição da água naquelas cidades. Ouviremos a Casal, as prefeituras, o Estado e o até o Exército, que é o responsável pelo transporte dos carros-pipas”, explicou o procurador Geraldo Magela.

“É perceptível que houve, no mínimo, negligência nesse caso e as culpas têm que ser apuradas. Precisamos saber se houve dolo ou não das instituições responsáveis pelo fornecimento de água aos moradores dos municípios onde a doença se tornou um surto”, acrescentou Magela.

O coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público confirmou que a Sesau enviou ao MP/AL um relatório que aponta a situação da epidemia em dezenas de cidades, principalmente, nas regiões do Agreste e Sertão. “Mortes por diarreia são comuns em países subdesenvolvidos, o que não é o caso do Brasil. Vamos cobrar dos gestores públicos mais respeito à saúde da população e medidas urgentes para tentar se reverter o problema, antes que outras pessoas também morram por causa de uma grave desidratação. As intervenções têm que ser feitas de forma urgente, tanto na questão do saneamento básico”, declarou José Carlos Castro.

A promotora Micheline Tenório lembrou que, só no último mês de maio, os atendimentos médicos para casos de diarreia aumentaram em mais de 200% com relação ao mesmo período do ano passado. “Em 2012 também houve chuva e foram registrados casos de pacientes que foram atingidos por essa enfermidade. Entretanto, agora em 2013, os números assustam porque já ultrapassam a casa de 28 mil pessoas doentes, com 37 mortes entre maio e junho. São 27 cidades em epidemia e outras 40 em estado de alerta permanente porque já apareceram pacientes com a mesma doença. O que o MP quer é que cada órgão reconheça onde houve falhas e comece a consertá-las imediatamente. A vida de um cidadão que está doente não pode esperar”, alertou.

Os dados preocupantes

A epidemia de diarreia atinge, especialmente, municípios que sofrem com a seca e tem IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população) muito abaixo da meta preconizada, que varia de 0 a 1.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, o problema do surto da doença se deveu, principalmente, por conta da água contaminada que é consumida pela população e ela pode ter vindo do sistema de abastecimento da Casal, dos carros-pipa, da distribuição ou venda particular de água por meio de carroças de burro e carros de boi que captam o líquido em locais contaminados ou ainda do uso da água da barragem. Este último normalmente ocorre por conta da estiagem ocasionada pela seca e é considerada uma fonte alternativa de abastecimento.

Segundo o Comitê de Combate à Seca de Alagoas, em Palmeira dos Índios, cidade onde os números são mais graves, foram registradas 10 mortes e mais de 7,2 mil atendimentos por diarreia foram registrados somente agora em 2013. Outros 13 municípios, que estão em situação de emergência ou de calamidade por causa da seca, registraram pelo menos uma morte devido à doença.

Com gazetaweb.com e assessoria

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