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Municipários rejeitam propostas da prefeitura

Os servidores municipais de Porto Alegre decidiram rejeitar as três propostas apresentadas pelo vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB), e manter a greve da categoria, iniciada há nove dias; em uma das propostas, o executivo manteve o pagamento da primeira parcela em maio, de 1%, e o restante, 8,2%, em dezembro de 2016; as outras duas ofertas mantinham as quatro parcelas e uma delas para o ano que vem, porém alterou os percentuais de pagamento nos meses previstos; em uma assembleia tensa, realizada na Casa do Gaúcho, no Parque Harmonia, grupos favoráveis e contrários à manutenção da paralisação trocaram farpas em diversos momentos, com acusações de que alguns servidores estariam utilizando a greve como palanque eleitoral 

Os servidores municipais de Porto Alegre decidiram rejeitar as três propostas apresentadas pelo vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB), e manter a greve da categoria, iniciada há nove dias; em uma das propostas, o executivo manteve o pagamento da primeira parcela em maio, de 1%, e o restante, 8,2%, em dezembro de 2016; as outras duas ofertas mantinham as quatro parcelas e uma delas para o ano que vem, porém alterou os percentuais de pagamento nos meses previstos; em uma assembleia tensa, realizada na Casa do Gaúcho, no Parque Harmonia, grupos favoráveis e contrários à manutenção da paralisação trocaram farpas em diversos momentos, com acusações de que alguns servidores estariam utilizando a greve como palanque eleitoral  (Foto: Leonardo Lucena)
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Luís Eduardo Gomes, Sul 21 - Os servidores municipais de Porto Alegre decidiram nesta quinta-feira (23) rejeitar as três propostas apresentadas na quarta pelo vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB), e manter a greve da categoria, iniciada há nove dias.

Em uma assembleia tensa, realizada na Casa do Gaúcho, no Parque Harmonia, grupos favoráveis e contrários à manutenção da paralisação trocaram farpas em diversos momentos, com acusações de que alguns servidores estariam utilizando a greve como palanque eleitoral. Ambos os lados concordavam que as propostas apresentadas pela Prefeitura eram insuficientes, mas a discussão principal girou em torno da capacidade da categoria de aumentar a mobilização para conseguir tirar uma proposta melhor do governo municipal.

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Inicialmente, a Prefeitura havia oferecido o pagamento de 9,28%, referente à recomposição da inflação medida pelo IPCA, em quatro parcelas, sendo a última e maior delas em janeiro de 2017. Na quarta-feira, após uma rodada de negociação que envolveu a desocupação da Câmara de Vereadores, o governo apresentou três novas propostas. Em uma delas, manteve o pagamento da primeira parcela em maio, de 1%, e o restante, 8,2%, em dezembro de 2016. As outras duas ofertas mantinham as quatro parcelas e uma delas para o ano que vem, porém alterou os percentuais de pagamento nos meses previstos.

Após uma primeira votação considerada inconclusiva, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) decidiu manter a greve e rejeitar as três propostas apresentadas por Melo ontem.

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“A proposta que o governo apresentou somente no 8º dia da greve é um engodo para nós. Ele nos apresenta três cenários que mantêm o parcelamento da reposição da inflação. Em todos os três, a gente têm uma perda absurda de salário. A cada mil de salário, a gente tem R$ 500 de perda. Isso é um confisco do salário dos trabalhadores”, diz Fernanda Tomé Barlavento de Lima, servidora da Fasc que fez a defesa da continuidade da greve durante a assembleia.

Na avaliação de Fernanda, a categoria tem sim capacidade de aumentar a mobilização e a greve tem ganhado força nos últimos dias. “A gente acredita que a greve tá ainda num ascenso de mobilização de trabalhadores”, diz.

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Por outro lado, Raul Giacobone, diretor do Simpa que fez a defesa do encerramento da greve no ato, considerou que a decisão da assembleia é soberana e avalia que ela manteve a greve porque a proposta do município ainda é insuficiente e porque, durante a paralisação, o governo deu reajuste a cargos de confiança e funções gratificadas.

“O desafio que nós temos agora é convencer mais colegas a aderir a greve. Não podemos radicalizar o movimento com uma quantidade menor de trabalhadores. Isso, para a categoria, no meu entendimento, é ruim, mas eu acredito na capacidade de todos de mobilizar os colegas e aumentar as adesões”.

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Diretora de Comunicação do Simpa, Carmem Padilha, também avaliou que a continuidade da greve é uma resposta “à falta de sensibilidade” do governo municipal. “Foi uma assembleia difícil, mas que é uma resposta à falta de sensibilidade do governo, que na prática não avança a proposta. Nós temos uma parcela da categoria bem radicalizada e vamos continuar a luta. A gente espera, de uma vez por todas, que o prefeito dessa cidade ouça os municipários”.

A greve

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Iniciada no dia 14, a greve do municipários teve como ponto alto a ocupação do plenário da Câmara de Vereadores na última terça-feira. Insatisfeitos com o andamento das negociações, os servidores decidiram fazer a ocupação para pressionar a Prefeitura, que até então mantinha a mesma proposta desde o início, a apresentar avanços.

Na tarde de quarta, após o vice-prefeito Sebastião Melo apresentar três propostas diferentes, a categoria decidiu desocupar a Câmara e levar os cenários para análise da assembleia.

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Após a rejeição das propostas, os municipários decidiram marcar uma nova assembleia para a próxima terça-feira (28). Eles também partiram em caminhada para o Paço Municipal.

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