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Museus guardam memória da arte de Salvador

Fotografias, pinturas, esculturas, poemas, máscaras, madeiras em extinção, instrumentos musicais e outras manifestações artísticas ficam guardam a memória histórica e cultural de Salvador, que completa 466 anos neste domingo; são diversos os elementos reunidos nos museus espalhados pela capital baiana, que oferecem cada um à sua maneira vivência diferente ao público visitante

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Bahia 247 - Fotografias, pinturas, esculturas, poemas, máscaras, madeiras em extinção, instrumentos musicais e outras manifestações artísticas ficam guardam a memória histórica e cultural de Salvador, que completa 466 anos neste domingo, 29 de março. São diversos os elementos reunidos nos museus espalhados pela capital baiana, que oferecem cada um à sua maneira vivência diferente ao público visitante.

As coleções permanentes de cada acervo se misturam às exposições itinerantes para fazer desses espaços locais dinâmicos onde a arte se materializa e se faz com a presença do expectador. Os museus, que vão muito além de objetos estáticos, contam a trajetória do povo, da arquitetura, da arte e das produções soteropolitanos.

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Para a titular da Diretoria de Museus (Dimus), Ana Liberato, a diversidade é uma das marcas dos acervos e os museus não se resumem ao que está exposto. Os imóveis onde estão abrigadas as artes também fazem parte das coleções. “Temos desde a arte sacra até a moderna e contemporânea, passando por todo tipo de material exposto pela cidade”.

Segundo Ana Liberato, em razão disso, “procuramos conscientizar a população de que se apropriar desses elementos leva à construção de uma consciência crítica da realidade em que vivemos. Tanto das coleções, quanto dos prédios, tombados e conservados para funcionar como museus”.

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Em relação aos espaços administrados pelo Governo da Bahia, como o Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, o Museu de Arte Moderna (MAM), na Avenida Contorno, o Palacete das Artes, no bairro da Graça, a ideia é diversificar as atividades e aproximar ainda mais a população da cidade desses espaços.

Esta é a proposta do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), segundo o diretor João Carlos. O objetivo é dinamizar os acervos, realizando maior número de mostras temporárias, e fazer com os museus sejam locais de educação e comunicação com a sociedade.

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“Pensamos também na apropriação do espaço físico do entorno, como já acontece no MAM. Ao pensarmos no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, temos o Passeio Público em anexo, onde podemos realizar mostras no final de semana, fazer dialogar isso com outras manifestações artísticas como a dança ou o teatro”, afirmou o diretor.

Centro Histórico

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Um desses espaços é o Solar Ferrão - prédio antigo localizado na esquina da Rua Gregório de Matos com a Ladeira do Ferrão, no Pelourinho -, que guarda três coleções e o Museu Abelardo Rodrigues em quatro andares. Além das galerias, há espaços para apresentações e exposições itinerantes. No Abelardo Rodrigues, imagens sacras e o mobiliário religioso são expostos no último piso do Solar, onde a varanda também possibilita ao visitante visão privilegiada da região.

No subsolo está a Coleção de Arte Popular, que reúne peças coletadas entre as décadas de 50 e 60 do século passado e que traduzem a realidade e a cultura do povo nordestino. Desde a figura do vaqueiro, com indumentária típica de gibão de couro, perneira, chapéu, passando pelos utensílios domésticos, brinquedos, até as tradicionais carrancas.

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Já no andar superior, o visitante encontra a expressiva coleção de ‘Plásticas Sonoras’, do músico suíço Walter Smetak, que são um misto de instrumentos musicais e obras de arte capazes de emitir sons da mistura de madeira, metal, cabaças e outros materiais inusitados.

Quem continuar a visita pelo Solar Ferrão ainda pode conferir a Coleção Claudio Masella de Arte Africana, formada por objetos de grupos étnicos de 15 países. Entre máscaras, estatuetas, instrumentos e utensílios de guerra, estão materiais como metais, madeira e o frágil marfim.

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O Pelourinho também abriga outros espaços de apreciação artística além da arquitetura. Na mesma rua, onde fica o Solar Ferrão, os visitantes podem conhecer o Museu Tempostal, que conta a história de Salvador, de outros lugares da Bahia e do Brasil, em fotografias, postais e selos, que formam acervo muito procurado por pesquisadores e estudiosos. A coleção é tão rica e extensa que parte dela é distribuída pelas paredes e salas do museu enquanto outra encontra-se disponível para consulta.

As galerias do Centro Histórico ficam abertas de terça a sexta-feira das 12h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h.

MAM

Saindo do Pelourinho pela Cidade Baixa, quem segue pela Avenida Contorno e quiser apreciar arte e a vista da Baía-de-Todos os Santos, pode fazer uma pausa no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), parte do Conjunto Arquitetônico Solar do Unhão.

Além de espaço para eventos culturais e um excelente cenário, muito utilizado para fotos e cartões postais, a estrutura do museu oferece um restaurante à beira-mar e ambientes para exposições permanentes e itinerantes. No acervo estão as peças de Rubem Valentim expostas em galeria que leva o nome do pintor e escultor baiano. A coleção faz parte da série ‘Templo de Oxalá’ e homenageia divindades do Candomblé.

Até o dia 31 de maio, o público pode apreciar a exposição ‘As Aventuras de Pierre Verger’, que reúne fotografias feitas pelo francês em suas viagens pelo mundo. São espaços escuros, com areia, cenário, filmes, tudo permeado pela obra de Verger em sua passagem por países como China, Peru, Polinésia e tribos africanas.

Entre os visitantes, o estudante do 8º ano, Pedro Guilherme Dias disse como foi sua experiência de ir a um museu pela primeira vez, acompanhado de colegas e professores. “Achei muito interessante porque aprendemos, com as fotos, sobre as culturas de diversos outros países, que não conhecemos, e percebemos que são muito diferentes da nossa. Gostei e pretendo voltar mais vezes”.

MAB

Ao passar pelo Corredor da Vitória, logo se percebe um casarão do século 19 de portas altas e largas, que já foi residência de comerciantes e hoje abriga o mais antigo museu do Estado, o Museu de Arte da Bahia. No hall de azulejos azuis e brancos, encontram-se as salas que guardam o acervo de madeiras em extinção e as telas de alguns dos artistas mais expressivos da Escola Baiana de Pintura. No prédio também há espaço para exposições itinerantes.

A imponente escada ao centro do salão dá acesso ao andar superior, onde estão montadas réplicas de cômodos inteiros do período colonial, desde quartos a escritórios e espaço para oratórios. A exposição ainda reúne louças, utensílios domésticos e aparelhos de decoração, provocando no público uma viagem no tempo.

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