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Na luta pela reeleição, Paulo Câmara vai enfrentar dificuldades

A crise na segurança pública e a dificuldade para cumprir as principais promessas de campanha são os maiores entraves da gestão do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). O socialista ainda não fala na reeleição, mas este é o caminho natural em 2018. Um fato a trabalhar contra isso é que o Estado enfrenta uma crescente onda de violência

Governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) (Foto: Gisele Federicce)
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Houldine Nascimento, para o 247 - A crise na segurança pública e a dificuldade para cumprir as principais promessas de campanha são os maiores entraves da gestão do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). O socialista ainda não fala na reeleição, mas este é o caminho natural em 2018. Um fato a trabalhar contra isso é que o estado enfrenta uma crescente onda de violência com a falência do programa Pacto Pela Vida, instituído em 2007, ainda no Governo Eduardo Campos, que conseguiu reduzir os índices de homicídio em Pernambuco. Em 2013, seis anos após a criação do programa, os assassinatos caíram 26,9%, passando de 53,1 homicídios para cada 100 mil habitantes para 34,3 em 2012.

No ano passado, foram registrados 4.007 assassinatos, um crescimento de 13% quando comparado a 2015 (3.541 homicídios), segundo dados da Polícia Civil. Além dos crimes contra a vida, os pernambucanos também assistem a inúmeras investidas contra bancos no estado e à insatisfação dos policiais militares, que chegaram a ensaiar uma greve. "É muito grave o que acontece em Pernambuco", disse Câmara no último mês de dezembro sobre a insegurança que acomete o estado. O impasse entre Governo e PM foi refletido na presença das Forças Armadas no Grande Recife.

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Diferentemente de Campos, seu padrinho político, Paulo Câmara não demonstrou força durante as eleições municipais de 2016. Nas principais cidades de Pernambuco, os candidatos a prefeito que contaram com seu apoio foram derrotados, à exceção do Recife, que já tinha um correligionário – Geraldo Julio, do PSB – à frente do município. Em Jaboatão, Olinda e Caruaru, onde ocorreram disputas em segundo turno, os prefeituráveis Manoel Neco (PDT), Antônio Campos (PSB) e Tony Gel (PMDB), todos apoiados por Câmara, não obtiveram êxito.

Principal opositor a Paulo Câmara, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) saiu vencedor dos pleitos, uma vez que seus candidatos conseguiram triunfar nestas cidades. Em 2014, o petebista concorreu ao Governo de Pernambuco, mas perdeu para o socialista. Durante a campanha, Armando não poupou críticas à gestão do rival, apontando "falta de liderança".

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Algumas decisões tomadas por Câmara também complicaram aliados, como a expulsão do PSDB e do DEM de quadros do Governo, no último mês de maio, reverberando nas candidaturas de Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (DEM) à Prefeitura do Recife. Com a ausência destes ex-candidatos ao pleito, especialmente de Coelho, Geraldo Julio teria menos dificuldade para se reeleger.

Parte da população também não esquece algumas promessas de campanha não cumpridas pelo governador, como a fixação de uma tarifa única para o transporte coletivo em R$ 2,15, além de dobrar os salários dos profissionais de educação. Em janeiro de 2015, no começo de seu mandato, a passagem de ônibus (Anel A) foi reajustada em 13,95%, subindo para R$ 2,45. No ano seguinte, outro acréscimo, passando para R$ 2,80. Sem falar no anel B, que hoje custa R$ 3,85 – tarifa que a maioria dos olindenses, por exemplo, usa para se deslocar ao Recife.

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Outros nomes começam a surgir para a disputa em 2018, como o da vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), ex-integrante do PSB e uma das vozes mais dissonantes ao Palácio do Campo das Princesas. Hoje, a petista luta para desvencilhar a família Arraes dos quadros que comandam o Partido Socialista Brasileiro. Nessa tentativa, poderá contar com o apoio do primo Antônio Campos e da tia, a ministra do TCU Ana Arraes. O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), também é um nome apontado para a majoritária em Pernambuco.

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