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#NãoVaiTerCopa: expressão da direita fascista

Atos em algumas cidades do Brasil contra a realização do Mundial da Fifa tiveram pouca adesão, mas o saldo de destruição e violência foi alto: em São Paulo, um homem foi baleado no bairro nobre de Higienópolis, um carro particular, sem que o dono tivesse qualquer envolvimento com o protesto, foi queimado, e a fachada de um teatro, assim como a de vários outros estabelecimentos, totalmente destruída com pedras; 146 manifestantes foram detidos; boa parte, claro, tinha o rosto coberto por máscaras; e todos já foram soltos

Atos em algumas cidades do Brasil contra a realização do Mundial da Fifa tiveram pouca adesão, mas o saldo de destruição e violência foi alto: em São Paulo, um homem foi baleado no bairro nobre de Higienópolis, um carro particular, sem que o dono tivesse qualquer envolvimento com o protesto, foi queimado, e a fachada de um teatro, assim como a de vários outros estabelecimentos, totalmente destruída com pedras; 146 manifestantes foram detidos; boa parte, claro, tinha o rosto coberto por máscaras; e todos já foram soltos (Foto: Gisele Federicce)
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247 – O saldo dos protestos contra a Copa do Mundo neste sábado 25 representa o retrato da direita fascista. Pessoas sem qualquer envolvimento com o Mundial, ou com a Fifa, ou mesmo com o poder público, foram prejudicadas pelos atos de vandalismo praticados por pessoas mascaradas que diziam protestar por um País melhor. No total, 146 manifestantes foram detidos - todos já soltos durante a madrugada.

Um homem foi baleado com três tiros em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves foi encontrado rodeado por um grupo de ao menos quatro policiais militares, que justificaram o ocorrido afirmando que o rapaz era manifestante e carregava um coquetel molotov. Ele foi levado pelos PMs ao hospital da Santa Casa, onde está internado até agora.

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O dono de um Fusca viu seu carro pegar fogo na Rua da Consolação, onde os chamados "manifestantes" também incendiaram lixeiras e quebraram vitrines (leia aqui relato de Eduardo Guimarães, que estava no local). Ele conta: "desesperado, [o dono do carro] ainda tentou salvar o veículo. As pessoas gritavam para que saísse de perto, pois poderia explodir. O sujeito sentou na calçada e pôs a cabeça entre as mãos. Estava chorando".

Além do carro particular, uma viatura da Guarda Civil Municipal foi depredada. A fachada de um teatro, o club Noir, na Rua Augusta, também foi destruída por pedras. O mesmo aconteceu com diversos outros estabelecimentos comerciais. A maioria das depredações foi praticada por mascarados. O movimento anarquista Black Bloc, conhecido pelo vandalismo registrado durante as manifestações de junho, também participou da destruição.

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Mas o que têm o Fusca, o teatro, a viatura, as fachadas de estabelecimentos comerciais e até as lixeiras – não só da cidade de São Paulo – a ver com a realização da Copa? Nada. E o relato do dramaturgo Roberto Alvim, que ensaiava no club Noir no momento da depredação, só deixa isso mais claro:

"O que me deixa mais do que puto mas sobretudo triste é que eu não sou um inimigo. Ao quebrarem o vidro da fachada do teatro eles nos colocam em um lugar que absolutamente não nos cabe: estamos devendo 3 meses de aluguel fazemos teatro com ingressos gratuitos ou a preços módicos damos o nosso melhor diariamente para construir obras que transfigurem uma noção apequenada e castradora acerca do que seja a vida", diz Alvim, mais uma vítima da destruição fascista que se dizia contrária à Copa.

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