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Narcolepsia. Um sono irresistível que chega de repente

É mais um distúrbio a fazer parte do leque das doenças autoimunes.  Além dos fatores de suscetibilidade genética, é possível que uma infecção sirva de elemento ativador da narcolepsia.

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Por Nathalie Szapiro-Manoukian – Le Figaro

 

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A narcolepsia é uma doença que se caracteriza por uma sonolência diurna excessiva, muitas vezes incontrolável, que provoca episódios de sono súbito. Estes episódios podem ocorrer frequentemente e em situaçoes inapropriadas, por exemplo, quando a pessoa está conversando, falar, comendo ou dirigindo o carro. A crise de narcolepsia geralmente ocorre durante os períodos de inatividade ou de atividade monótona e repetitiva.

A moléstia começa a se manifestar geralmente entre os 15 e os 30 anos de idade (embora possa aparecer em qualquer idade) e mantém-se para o resto da vida. Homens e mulheres são afetados de forma semelhante e a narcolepsia atinge cerca de 47 pessoas em cada 100 mil.

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Nessa síndrome, que os médicos chamam de narcolepsia-cataplexia, a sonolência costuma ser acompanhada de perdas súbitas do tônus muscular. Tudo leva a crer que se trata de doença de fundo emocional.  «Ela corresponde à lesão de cerca de 60 mil neurônios próximos ao hipotálamo, que secretam a hipocretina, uma substância que desempenha um papel primordial no circuito do despertar. A origem mais provável desta lesão é autoimune: os próprios anticorpos de uma pessoa se voltam contra seus neurônios alvo para destruí-los. Além dos fatores de suscetibilidade genética, é provável que uma infecção sirva de elemento ativador. Uma das inúmeras vacinas contra a gripe H1N1 também tem sido implicada, afetando cerca de cem pessoas na França », diz o Prof. Yves Dauvilliers (Centro Hospitalar Universitário de Montpellier).

Parar a “matança” dos neurônios

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Com isto em mente, os pesquisadores estão tentando desenvolver agonistas dos receptores para a hipocretina, para superar o desaparecimento da preciosa molécula. Tais tratamentos específicos poderiam estar disponíveis dentro de cinco a dez anos. Outras pistas ainda têm sido exploradas, como o uso de imunomoduladores para parar «a matança» dos neurônios da hipocretina quando ainda resta uma boa quantidade deles para salvar, mas isso nem sempre é o caso no momento do diagnóstico. «Esta via poderia proporcionar resultados ainda mais rápidos na medida em que estes imunomoduladores já são objeto de uma pesquisa avançada na esclerose múltipla», salienta o Prof. Dauvilliers.

Na hipersonia idiopática, «os pesquisadores preferem pensar que o cérebro começa a produzir um sonífero endógeno por motivos ainda desconhecidos. Duas moléculas estão sendo testadas atualmente, para servir de antídoto a essa proteína soporífica », diz a Prof. Isabelle Arnulf (Centro Hospitalar UniversitárioPitié-Salpêtrière, Paris).

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