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Nova votação para sede da Copa de 2022 é uma das opções

Quem afirma é o francês Jérôme Champagne, candidato à presidência da entidade; o Catar, atual sede, negou com veemência reportagens do jornal britânico Sunday Times de que autoridades teriam sido subornadas para levar o maior evento esportivo do mundo ao pequeno emirado do Golfo Pérsico

Jérôme Champagne durante coletiva de imprensa em Londres. A Fifa tem mais opções além de uma nova votação para decidir a nova sede da Copa do Mundo de 2022 se ficarem provadas as alegações de corrupção na campanha vitoriosa do Catar para sediar (Foto: Gisele Federicce)
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Por Mike Collett

LONDRES (Reuters) - A Fifa tem mais opções além de uma nova votação para decidir a nova sede da Copa do Mundo de 2022 se ficarem provadas as alegações de corrupção na campanha vitoriosa do Catar para sediar o evento, disse o candidato à presidência da entidade que comanda o futebol mundial, Jérôme Champagne.

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O francês, a única pessoa que declarou formalmente sua candidatura às eleições da Fifa do ano que vem --quase certamente contra o atual presidente, Joseph Blatter-- disse à Reuters estar longe de serem favas contadas que, se e quando a Fifa tiver que decidir por uma mudança, haverá uma nova votação.

"É muito simplista dizer simplesmente que deveria haver uma repetição da votação. O Catar teria permissão de repetir sua proposta se as alegações forem provadas? Dá para imaginar isso acontecendo? Não sei. Um atleta pode correr de novo se for pego no doping?", indagou.

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O Catar negou com veemência reportagens do jornal britânico Sunday Times de que autoridades teriam sido subornadas para levar o maior evento esportivo do mundo ao pequeno emirado do Golfo Pérsico.

O jornal relatou ter provas de que cerca de 5 milhões de dólares foram pagos a autoridades em troca de votos para a campanha do Catar.

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O ex-funcionário no cerne das alegações, Mohamed Bin Hammam, do Catar e ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol à época da decisão de conceder a competição ao seu país natal, ainda não comentou publicamente as alegações, que surgem às vésperas do Mundial no Brasil, que começa em 12 de junho na Arena Corinthians, em São Paulo.

O investigador da Fifa Michael Garcia vem analisando as alegações de má conduta na escolha dos países-sede das Copas de 2018 e 2022 há dois anos, e suas descobertas serão reveladas cerca de duas semanas após o término do Mundial no Brasil.

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Houve especulações generalizadas de que, se as alegações mais recentes contra o Catar ficarem comprovadas, a Fifa ordenará uma nova votação.

Mas Champagne, que trabalhou na Fifa durante 11 anos antes de sair em 2010 e que pode voltar como presidente no ano que vem, disse ser fácil demais fazer tal suposição.

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"Se as alegações ficarem comprovadas, a Fifa desqualifica o Catar como se faria em uma competição esportiva e concede o prêmio ao 'medalhista de prata' --neste caso os Estados Unidos?", questionou.

"Ou a Fifa simplesmente abre a votação a todos que apresentaram propostas para as Copas de 2018 e 2022 e a qualquer novo candidato que queira participar?", prosseguiu.

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"Sou a favor de levar a Copa do Mundo a locais onde nunca esteve, mas o processo tem que ser absolutamente aberto e honesto. Tudo tem que estar na mesa. Precisamos saber o que aconteceu aqui. Não podemos fazer a Copa de 2022 nestas condições", afirmou.

FUTURAS DECISÕES

Em seu congresso do ano passado, nas Ilhas Maurício, a Fifa determinou que a concessão de futuras Copas não será mais decidida pelo comitê executivo, mas por todas suas associações --atualmente 209 países-membros. No futuro, os países-membros votarão abertamente em uma lista seletiva submetida pelo comitê executivo.

O Catar derrotou EUA, Austrália, Coreia do Sul e Japão na campanha para sediar o Mundial de 2022, batendo os norte-americanos por 14 votos a 11 na rodada final da votação, depois da eliminação dos outros candidatos.

A Rússia conquistou o direito de organizar o torneio de 2018 depois de derrotar propostas conjuntas de Espanha com Portugal e Holanda com Bélgica, assim como uma da Inglaterra.

Bin Hammam, membro do comitê executivo da Fifa durante 15 anos, foi expulso do futebol pelo resto da vida em 2012 na esteira de outro escândalo de suborno relacionado à sua campanha abortada à presidência da Fifa no ano anterior.

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