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O "fazer mais" do PT e PSB e o debate de ideias

O slogan adotado pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB), de que “é possível fazer mais”, e a incorporação da frase pela presidente Dilma, com o “é possível fazer cada vez mais”, é alvo de uma análise por parte do colunista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo; segundo ele, o discurso serve tanto para quem está e deseja continuar no poder como para a oposição, mas falta algo mais profundo: o debate de ideias para além do marketing político e eleitoral; a estratégia já foi usada por Obama, Tony Blair, FHC e também por José Serra

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PE247 - O slogan adotado pelo PSB de que “é possível fazer mais”, e a incorporação do mesmo pelo PT, com o “é possível fazer cada vez mais”, é alvo de uma análise por parte do colunista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo. Em sua avaliação, o discurso serve tanto para quem está e deseja continuar no poder – passando a ideia de continuidade ao que está dando certo – como à oposição, com o propósito de difundir a intenção de que apesar dos avanços é possível avançar nas conquistas obtidas.

A triangulação, como a estratégia foi batizada pelo marqueteiro e analista político Dick Morris, não é nova. Barack Obama, Bill Clinton, Tony Blair, Fernando Henrique Cardoso e até José Serra já fizeram uso com sucesso desta estratégia de marketing político. A exceção desta lista fica por conta do tucano José Serra. Para o jornalista, a triangulação serve aos interesses dos candidatos, mas o que o País espera é algo maior: um debate de ideias que realmente impulsionem o Brasil para além do marketing político e eleitoral.

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Confira o artigo na íntegra:

“Fazer mais”

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Há alguns meses Eduardo Campos vem repetindo seu eventual slogan na campanha presidencial de 2014: "É possível fazer mais". Desde o fim de semana, Dilma Rousseff aparece na TV em comerciais curtos nos quais sapeca que "é possível fazer cada vez mais".

É difícil ser original em política. A estratégia de Eduardo Campos é boa, mas está longe de ser uma novidade. Em março de 2010, ao sair do governo de São Paulo para disputar o Planalto, José Serra terminou seu discurso com um "o Brasil pode mais".

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Novidade? Nem tanto. Em 2008, Barack Obama havia usado "yes, we can" (sim, nós podemos). Podemos o quê? Subentendia-se, por óbvio, fazer mais do que estava sendo feito.

Quem teorizou a respeito foi o marqueteiro e analista político Dick Morris. Ele até deu um nome para a estratégia: triangulação. A receita mistura um pouco do governo que está dando certo com uma pitada de ousadia de quem está de fora. A síntese é o modelo para fazer mais.

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A fórmula de Dick Morris foi usada pelo ex-presidente dos EUA Bill Clinton. No Reino Unido, Tony Blair virou sinônimo de terceira via. Combinou conquistas dos anos conservadores do thatcherismo com avanços do "novo trabalhismo".

Em 1998, Fernando Henrique Cardoso foi reeleito com o slogan "o Brasil não pode voltar atrás. Avança, Brasil". Ou seja, prometia fazer mais. O PT e Lula em 2010 elegeram Dilma pedindo votos "para o Brasil seguir mudando" [para melhor].

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A estratégia do "vou fazer mais" é ecumênica. Serve a quem deseja se reeleger. É útil para a oposição com a missão de tentar destronar um governo bem avaliado num quadro de relativa estabilidade econômica.

No fundo, é também como sintetizou outro dia Ciro Gomes num de seus proverbiais sincerocídios: "Está bom mas podemos fazer melhor? Isso é conversa de marqueteiro. O Brasil precisa de debate profundo de ideias". Mas aí é querer demais.

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