O Globo: fraudes em Goiás no Minha Casa Minha Vida
Casos que mais chamam a atenção são em Goiânia, Senador Canedo e Itumbiara, relata ampla reportagem do jornal O Globo; procurador da República Aílton Benedito de Souza relata que em 2013, havia quase 120 mil famílias inscritas para receber uma casa em Goiânia; no ritmo em que as obras são feitas, a capital de Goiás levaria 78 anos para satisfazer a demanda; "Veja o absurdo da situação: Goiânia tem 1,2 milhão de habitantes, metade deles precisando de moradia? Isso é uma ficção. É muito cômodo para o prefeito manter os cadastros inflados", disse ao jornal; em Senador Canedo, o erro foi disponibilizar imóveis para pessoas que não precisam das casas para morar; em Itumbiara, a denúncia é que a prefeitura "deu" os benefícios, como se fosse um sorteio
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Goiás 247 - O Ministério Público Federal investiga e pede a suspensão do programa habitacional Minha Casa Minha Vida em diversas cidades em Goiás. Os casos que mais chamam a atenção são em Goiânia, Senador Canedo e Itumbiara, relata ampla reportagem do jornal O Globo.
O procurador da República Aílton Benedito de Souza é o responsável por fiscalizar metade do estado e aponta que diversos municípios obedeciam critérios de selecionar beneficiários de acordo com a renda e vulnerabilidade social. "Recomendei uma série de medidas, e a maioria das cidades não fez nada, fui obrigado a mandar parar o programa", contou ao Globo.
Goiânia é o caso mais emblemático. Aílton comenta que em 2013, havia quase 120 mil famílias inscritas para receber uma casa. No ritmo em que as obras são feitas, a capital de Goiás levaria 78 anos para satisfazer a demanda. "Veja o absurdo da situação: Goiânia tem 1,2 milhão de habitantes, metade deles precisando de moradia? Isso é uma ficção. É muito cômodo para o prefeito (Paulo Garcia) manter os cadastros inflados", disse ao jornal.
O Globo ressalta que depois da intervenção do procurador, o processo de seleção em Goiânia foi regularizado, e o número de inscritos caiu para pouco mais de 20 mil.
Em Senador Canedo, o erro foi disponibilizar imóveis para pessoas que não precisam das casas para morar, o que constitue vendas ilegais das unidades, ocupações ou até mesmo abandono da área. Foram constadados que pelo menos 50% das milhares de unidades já feitas não estão mais nas mãos dos beneficiários originais do programa, confirma a reportagem.
Em Itumbiara, a denúncia é que a prefeitura colocou pessoas no gramado do estádio JK e ia foi dando os benefícios, como se fosse um sorteio, sem auditoria nenhuma. O procurador ressalta que o programa se converteu em um sorvedouro de dinheiro público, com intenções escusas e finalidades eleitoreiras.
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